Grupos LGBTs na Internet como educação não-formal pela autorrealização identitária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Martins, Felipe Mattei
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15266
Resumo: A presente tese desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), investigou: como a educação não-formal, presente nos grupos virtuais LGBTs no Facebook, pode contribuir para o processo de autorrealização identitária dos sujeitos homossexuais brasileiros? Os grupos virtuais representam um espaço público como meio para a produção de conhecimentos cujos sujeitos integrantes compartilham conteúdo, dividem experiências e, principalmente, refletem sobre os assuntos de interesse comum, a partir da intersubjetividade. Um espaço público para interações que visa aferir discussões acerca de temáticas de interesse social. Todavia, em observação, é possível perceber que dentro do ciberespaço as pessoas encontram informações complementares que não conseguem, muitas vezes, dentro da relação familiar ou até mesmo nas instituições de ensino. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar a comunicação intersubjetiva entre os integrantes dos grupos LGBTs por meio do conteúdo compartilhado entre eles, investigando a educação não-formal e o processo da luta por reconhecimento. Os dados foram analisados através da análise de conteúdo, seguindo a perspectiva de Laurence Bardin, que nos permite uma reflexão sobre a necessidade desses grupos para os homossexuais no processo da construção da identidade desses sujeitos que têm encontrado um espaço para o processo de luta por reconhecimento que acontece na intersubjetividade. Para tal análise, foram necessários recortes do conteúdo compartilhado e levantamento teórico sobre a luta por reconhecimento, educação não-formal e intersubjetividade. O referencial teórico principal utilizado foi Axel Honneth e Jürgen Habermas. Além disso, outros importantes teóricos foram necessários para elucidar os conceitos sobre a homossexualidade, cibercultura e educação não-formal. Assim, para responder à pergunta do problema de pesquisa foi considerando a potencial possibilidade da contribuição da intersubjetividade entre os integrantes dos grupos LGBTs como um caminho da educação não-formal pela autorrealização identitária.