O lugar da escola pública na construção da identidade de alunos e ex-alunos da Vila São Nazi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Marcelo Loures dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15637
Resumo: Embora a literatura especializada aponte freqüentemente para a inadequação da escola no atendimento à população marginalizada, não há um consenso sobre seus efeitos na construção da identidade de seus alunos. O objetivo dessa pesquisa é compreender, a partir de entrevistas com ex-alunos de uma escola pública, a relação indissociável entre escola, contexto sócio-familiar e a construção de sua identidade. O conceito de identidade está fundado na teoria histórico-cultural, em especial na teoria da subjetividade de González Rey (2003). A entrevista individual em profundidade foi o principal instrumento metodológico, caracterizando o método de história de vida (ALBERTI, 1990). Este método preserva o caráter interpretativo, interativo e singular propostos pela epistemologia qualitativa de González Rey (2002). Nesse sentido, nos permitiu reconstituir pelo relato dos entrevistados não apenas sua história na escola, mas a história de toda a comunidade e o lugar da escola dentro dela. A concepção de identidade por nós adotada rompe com uma circunscrição estreita dos sujeitos e os insere em um contexto repleto de dinamismo e oscilações característicos da vida em sociedade. Por meio das entrevistas foi possível observar mudanças na forma como as atividades e as funções escolares são compreendidas pelos ex-alunos de diferentes gerações, apontando para uma maior flexibilização da postura transmissiva e disciplinar. Contudo, mesmo que em seus relatos as vivências identitárias sejam consideradas importantes no seu processo de aprendizagem mesmo quando essas acontecem na escola não há, nem por parte dos entrevistados, nem por parte da escola, a percepção de uma relação necessária entre esses elementos. Em seus relatos, os entrevistados tendem a apresentar a identidade e a aprendizagem escolar como universos separados.