Descobrindo o brincar de crianças excepcionais: um enfoque psicanalítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Galhardi, Shirley Rosana Ribeiro de Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15789
Resumo: Este estudo busca compreender, do ponto de vista psicanalítico, o que acontece com crianças nos momentos de brincadeira livre de uma classe de estimulação de uma escola especial, composta por seis alunos, com idade de dois a cinco anos. Estes momentos são observados durante cinco meses, duas vezes por semana, por 40 minutos. A professora e a pesquisadora observam, participam quando solicitadas e conversam sobre a atividade a cada 30 dias, fora da sala de aula. Cinco dos encontros observados, são registrados e, posteriormente, analisados de forma qualitativa, segundo: os temas emergentes, os movimentos do grupo, as atitudes e sentimentos da professora e da pesquisadora. Mostra que as crianças excepcionais, de forma rudimentar, constróem brincadeiras semelhantes àquelas consideradas estruturantes para o desenvolvimento emocional de crianças normais. Aponta uma evolução das crianças quando brincam juntas e lidam com situações que aparecem, mostrando uma simbolização incipiente. Mostra uma evolução da professora e pesquisadora, no sentido de contenção da própria ansiedade e da das crianças, na medida em que compreendem e "traduzem" os seus pedidos. Conclui: que o brincar destas crianças revela um mundo emocional ativo a ser explorado, compreendido e trabalhado; que a observação desta atividade possibilita conhecer e acompanhar o desenvolvimento emocional de crianças excepcionais; e que, tanto a observação quanto as conversas com a professora configuram-se uma intervenção da psicanálise na educação especial que privilegia a abordagem dos sentimentos que permeiam as relações professor - alunos e professor - psicólogo.