Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Rafael Aiello |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15958
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Resumo: |
O presente trabalho investiga os efeitos do racismo na experiência emocional de negros brasileiros, que conheceram relativa ascensão social. Justifica-se duplamente, tanto por visar trazer subsídios teóricos e práticos para uma clínica dos sofrimentos sociais, como por buscar contribuir para aumentar a visibilidade social do fenômeno. Organiza-se como pesquisa empírica com o método psicanalítico, a partir de duas entrevistas individuais, registradas sob forma de Relatos de Entrevistas e de Textos de Impactos Transferenciais. A interpretação dos registros permitiu a produção de dois campos de sentido afetivo-emocional: aprisionado pela aparência e com talento, esforço e competência . O primeiro organiza-se a partir da percepção de que características físicas, notadamente a cor da pele, causam impacto instantâneo nas pessoas, gerando reações imediatas de julgamento e avaliação que apreendem, classificam, discriminam, inferiorizam e humilham. O segundo campo se define pela crença de que o desenvolvimento de aptidões pessoais pode ser um caminho para obtenção de reconhecimento e respeito. O quadro geral indica que o racismo é uma realidade presente na experiência emocional da pessoalidade coletiva estudada, gerando impactos importantes em sua subjetividade e modo de ser. Concorda, portanto, com a literatura que vem apontando que a sociedade brasileira não está livre do racismo. Mostra também que a ascensão social não implica o fim da discriminação, pois a pessoalidade coletiva considerada não é atingida prioritariamente por sua condição social de pobreza, de classe ou de precariedade econômica, mas por seus traços e aparência física. |