Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Stegmann, Christianne Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17268
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Resumo: |
O conceito de professoralidade docente se debruça sobre a constituição do sujeito-professor. Movimentos de particularização e individuação da docência se entrelaçam ao longo da vida profissional do docente, em uma relação dialética de reprodução e de criação que marca o sujeito e sua prática. O movimento de particularização está relacionado aos processos de repetição/reprodução da atividade docente e mais atrelado ao cotidiano do fazer docente. Por outro lado, o de individuação relaciona-se à suspensão da cotidianidade e à elaboração/ressignificação das práticas docentes. Quebras no cotidiano possibilitam dinâmicas distintas nesses movimentos e trazem desdobramentos na constituição docente. No entendimento de que a pandemia de covid-19 se apresentou como um desses momentos, esta pesquisa teve por objetivo compreender os desdobramentos da pandemia de covid-19 no que diz respeito à constituição do docente da educação superior à luz do conceito de professoralidade. Está inserida na linha de pesquisa Formação de Professores e Práticas Pedagógicas, trazendo contribuições para o grupo de pesquisa Formação e Trabalho Docente. A fim de atingir os objetivos propostos, lançou-se mão de entrevistas narrativas com quatro docentes da área de formação de professores, de diferentes contextos educacionais e que atravessaram o período pandêmico no exercício da função. Optou-se pelo método documentário para análise das entrevistas narrativas, que torna possível identificar os quadros de orientação nos quais os sujeitos apoiam suas ações e as decisões sobre essas ações. A pesquisa apontou dois tipos de significação de docência, cada um com dois subtipos: docência como relação (relacional intrapessoal e relacional interpessoal) e docência como instrução (instrucional transformador e instrucional adaptativo). Diferentes quadros de orientação levaram a diferentes abordagens de enfrentamento e impactos distintos sobre a tessitura da professoralidade. Segundo os participantes e independentemente do quadro de orientação ao qual pertenciam, eles foram confrontados com aspectos da docência que, de outro modo, sem o advento da pandemia, dificilmente seriam explicitados, levando à produção de novos saberes e de autoconhecimento fundamentais à prática docente na educação superior. Os resultados da pesquisa apontam ainda para a necessidade de programas de formação continuada em serviço para docentes do ensino superior, em especial no que diz respeito ao uso das tecnologias digitais da informação e comunicação, mas dentro de uma perspectiva de empoderamento e de valorização do professor, viabilizando uma construção autoral do trabalho docente que os permita enfrentar os desafios impostos pela contemporaneidade. Tais propostas devem, ainda, levar em consideração a subjetividade de cada professor, suas necessidades e os quadros de orientação que os levam a significar a docência de modos distintos e singulares. |