Imaginando, pensando, agindo: movimentos de significação de adolescentes mediados pela arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Maura Assad Pimenta, Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15586
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo demonstrar que vivências com a arte são capazes de promover o desenvolvimento de adolescentes, sobretudo pelo elo entre imaginação e emoção que favorece novas significações sobre as condições de vida atual e futura, inclusive em relação à escola e ao conhecimento. Assume como aporte teórico-metodológico a Psicologia Histórico-Cultural, sobretudo os conceitos de Vigotski, visto as contribuições à compreensão do desenvolvimento da imaginação de adolescentes, e a opção pelo materialismo histórico e dialético. Trata-se de uma pesquisa-intervenção, caracterizada pelo desenvolvimento de atividades de frequência semanal com o 1º, 2º e 3º anos de cinco turmas do Ensino Médio diurno, do período de 2016 a 2018, de uma escola pública da rede estadual da região noroeste de Campinas/SP. De 91 encontros de 1h30min, realizados em parceria com seis professores, em cujas aulas eram desenvolvidos os encontros, foram selecionados 20 para a presente pesquisa. Os registros, que se configuraram como fontes de informações de pesquisa, foram: diários de campo produzidos pela psicóloga-pesquisadora; transcrições das gravações dos encontros; produções dos estudantes; e diálogos em rodas de conversa realizadas a partir da apreciação de materialidades mediadoras como filmes, fotografias, pinturas e músicas. Como resultados encontramos que, se no primeiro ano nos voltamos a olhar para o envolvimento e o não envolvimento dos adolescentes, com o intuito de encontrar o que promovia a participação, compreendendo-a como condição à instituição de relações intersubjetivas, no segundo ano observamos que aqueles adolescentes que não se interessavam, ou aguardavam passivamente as propostas de atividades feitas pela psicóloga-pesquisadora, se envolvem completamente, em um movimento de imprimir sua autoria nas atividades. E, no terceiro ano, mobilizam uns aos outros, criam as intervenções e atuam coletivamente, assumindo um posicionamento ativista transformador.