Religião no contexto da conquista da América Espanhola a partir do pensamento de Bartolomé de Las Casas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Monteiro, Robson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16317
Resumo: O presente trabalho tem o objetivo de aprofundar, a partir do pensamento de Bartolomé de Las Casas (1484-1566), como se desenvolveu o processo de crise religiosa no período de cristandade, que se delineia no empreendimento de conquista e evangelização da América Espanhola (1492). Ao final do século XV, e início do século XVI, Portugal e Espanha, veem-se na condição de recolocar a problemática da Salvação em relevância, ou seja, a pergunta que se impõe: os novos povos que vão sendo conhecidos, tem o mesmo direito ao benefício da salvação cristã, tanto quanto os europeus? Portanto, percebe-se em Las Casas a viabilidade da proposta do respeito absoluto às consciências, o seu posicionamento na defesa dos povos indígenas, o debate sobre a escravidão e a busca por uma colonização pacífica. Afinal, vários processos e dinâmicas anteriores a ele, e em seu momento alicerçavam práticas e costumes que indicariam uma nova consciência religiosa. Mesmo que, na perspectiva que Las Casas tenha aderido, fosse uma estruturação mais assimilacionista e utópica. Nesse contexto, a religião tornou-se referência de sentido da expansão colonial, ao ser instrumentalizada como núcleo que possibilitaria a suposta inferioridade das populações conquistadas. O que caracterizará a identificação das práticas religiosas dos povos indígenas e africanos como idolátricas, primitivas e irracionais. O que levará à polêmica entre falsa e verdadeira religião. Expressa na chamada Controvérsia de Valladolid (1550-1551), tendo como pano de fundo as ocorrências da Reforma Protestante, as novas posturas no interno das ordens religiosas, assim, como as religiosidades das novas populações conquistadas, sua resistência e o processo de tolerância religiosa.