Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Scaquetti, Carolina Carneiro de Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15153
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Resumo: |
Devido à poluição dos corpos hídricos, ao aumento da população mundial, ao crescimento das atividades industriais, aos longos períodos de estiagem, dentre outros fatores, houve um desequilíbrio na relação oferta e demanda por água potável. Uma possível solução para este problema é a substituição da água potável por outra com menor qualidade para atividades que exijam um menor padrão de potabilidade. A indústria da construção civil consome grande quantidade de água em suas atividades, sendo que o aço e o concreto são os materiais de construção com a maior quantidade de água incorporada, aquela que considera a água utilizada para extração, produção e transporte. A água de reuso surge como uma alternativa para a diminuição do consumo de água potável. O interesse por utilizar água de reuso na construção civil vem crescendo em momentos de escassez, como a crise hídrica que o Brasil enfrentou em 2014 e a constante preocupação com a sustentabilidade. Este trabalho utilizou água de reuso como água de amassamento do concreto, com o objetivo de reduzir o consumo de água potável. A água de reuso foi doada por uma estação de tratamento de esgoto, localizada na região metropolitana de Campinas (RMC). A qualidade da água foi analisada de acordo com a NBR 15900-1 (ABNT, 2009). Foram realizados ensaios experimentais com o concreto no estado fresco, endurecido e após exposição a ambientes agressivos, visando avaliar a influência da água de reuso nas características físicas e mecânicas de concreto. Inicialmente foi avaliada a influência da água de reuso no calor de hidratação de vários tipos de cimento Portland. Na sequência foram produzidos dois traços, um com água potável (referência) e outro com água de reuso, para os quais foram determinadas a consistência e as características de resistência à compressão, módulo de elasticidade, determinação da capacidade de absorção de água por imersão, e por capilaridade, determinação da penetração de íons cloro, carbonatação e a permeabilidade ao ar. Para tal, após 28 dias de cura em câmara úmida, parte dos corpos de prova foram ensaiados. Os demais foram divididos em 3 grupos: um foi mantido em câmara úmida como controle, outro grupo de corpos de prova foi exposto à intempérie até atingir às idades de 135 e 220 dias e o terceiro grupo foi exposto à ataque em solução salina até atingir as idades de 220 e 340 dias. Aos 28 dias a resistência à compressão do traço com água de reuso foi 8% menor do que para o traço com água potável. Em relação ao Módulo de Elasticidade, não houve variação significativa entre o traço produzido com água potável e o com água de reuso. As características do concreto que influenciam a durabilidade do concreto como a absorção de água por capilaridade e por imersão, permeabilidade ao ar, profundidade da carbonatação e de íons cloro não apresentaram diferenças significativas entre o concreto produzido com água de reuso e o com água potável. Foi observado que a determinação da presença de açúcares na água de reuso para a produção de concreto é um parâmetro de fundamental importância. |