Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Palandrani Junior, Vanderlei |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16642
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Resumo: |
O presente estudo, pautado na teoria sociocognitiva (TSC), parte da hipótese de que experiências lúdicas pautadas na prática de jogos e esportes oportunizadas às pessoas com deficiência intelectual (DI) podem promover a autorregulação da aprendizagem (AA) e favorecer o desenvolvimento de habilidades profissionais. O objetivo da pesquisa foi criar e avaliar um programa de práticas em jogos e esportes ("DEZPORTIVO") como ferramenta para promoção da AA de habilidades profissionais por pessoas com DI que frequentam instituições de atendimento especializado (IAE) e/ou o ensino regular. O programa foi apresentado no formato de material didático constituindo-se de: (a) uma narrativa (história ferramenta) em que os personagens atuam como modelo de autorregulação e os contextos articulam-se com as atividades propostas; (b) um roteiro de práticas de jogos e esportes que estimulavam o "PLanejar" ("Bocha"), "Executar" ("Voleibol Adaptado") e "Avaliar" ("Tchoukball"); (c) complementado por uma proposta de dinâmica para feedbacks. Participaram da pesquisa, 42 professores especialistas (juízes) com idade entre 26 e 86 anos (Md=42 anos; Mo=38 anos; IQR=19,3 anos), divididos em 03 grupos: (a) GAA (N=16), constituído por professores de diferentes áreas de formação que declararam possuir formação e/ou experiência com a AA; (b) GEF (N=19), constituído por professores com formação em Educação Física (EF) que declararam não possuir formação e/ou experiência com a AA; (c) GEF/AA (N=07), constituído por professores com formação em EF que declararam possuir também formação e/ou experiência com a AA. Para avaliar o mérito e potencial do programa "DEZPORTIVO", os professores analisaram o material didático e responderam a um questionário (escala likert) constituído de 38 questões (Q) divididas em 5 dimensões (D): D1 - Adequação da proposta, Organização e Estrutura do Projeto (D1-Q1 a D1-Q9); D2 - Estrutura da Narrativa (D2-Q1 a D2-Q8); D3 - Roteiro de atividades propostas (D3-Q1 a D3-Q4); D4: Promoção das Estratégias de AA (D4-Q1 a D4-Q10); D5 - Possibilidades didáticas e transferência (D5-Q1 a D5-Q7). Cada questão foi complementada por espaço facultativo para justificativa. Os dados quantitativos geraram gráficos de concordância (%) e comparações entre os grupos: Qui-Quadrado (x2 ) para variáveis qualitativas nominais e Kruskal-Wallis para variáveis qualitativas ordinais. As dissertações facultativas geraram corpus textuais para as análises de Similitude e Classificação Hierárquica Descendente (CHD), realizadas pelo software IRaMuTeQ. Diferenças estatísticas foram encontradas em 4 das 38 questões objetivas, mais especificamente, referentes aos temas: “uso das ilustrações para ensinar as estratégias de AA” (D2-Q7); “uso das ilustrações para ensinar o PLEA” (D2-Q7); “ensino da estratégia de procura de informação” (D4-Q6) e “estímulo ao recurso de tutoria” (D5-Q2). Entretanto, as respostas apresentadas pelos professores não tiveram associação com o perfil do grupo que eles integravam. Os elevados valores médios dos níveis de concordância em todas as questões avaliadas pelos grupos GAA (D1 - 91,25%; D2 - 92,97%; D3 - 89,06%; D4 - 90,63%; D5 - 92,61%), GEF (D1 - 95,26%; D2 - 98,68% D3 - 98,68%; D4 - 98,42%; D5 - 99,04%) e GEF/AA (D1 - 95,71%; D2 - 100,00% D3 - 100,00%; D4 - 100,00%; D5 - 100,00%) permitem concluir que o potencial do material didático foi reconhecido como adequado e relevante para o trabalho em IAE e Ensino Regular. Vale destacar a sugestão dos especialistas para ações de formação dos professores para maior assertividade no alcance dos resultados, mais especificamente no que se refere ao: (a) domínio da TSC e referenciais da AA; (b) atenção às necessidades de adaptação conforme as individualidades cognitivas das pessoas com DI; (c) possíveis ajustes na dinâmica de feedbacks para garantir a motivação dos alunos; (d) atenção às articulações das habilidades esportivas e estratégias de AA para auxiliar os alunos no processo de transferência do conhecimento para a promoção da AA de habilidades profissionais. |