Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Guzzon, Juliana Tavares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15964
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Resumo: |
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a violência é um problema mundial que afeta famílias de todas as culturas, etnias, políticas econômicas e regimes políticos. Mulheres vítimas de violência são assistidas por diferentes instituições com diferentes tipos de intervenção: jurídica, psicológica, social e/ou médica. No entanto, a qualidade e extensão das mudanças que apresentam, em decorrência do auxílio prestado, nem sempre são conhecidas. O objetivo do presente estudo foi o de avaliar aspectos psicológicos de mulheres vítimas de violência no que diz respeito ao estágio de mudança, a qualidade da eficácia adaptativa e a severidade dos sintomas psicopatológicos em mulheres vítimas de violência antes de serem assistidas pelo SOS Ação Mulher e Família e compará-los com os de mulheres que já foram assistidas pela instituição. Metodologicamente o estudo utilizou de delineamento do tipo Cross-Sectional, que se baseia na comparação entre dois grupos em estágios diferentes de um processo desenvolvimental. A amostra foi composta por um Grupo G1(pré-assistência) com nove mulheres em fase inicial de atendimento, idade média=36,7 e DP=8,68; e um Grupo G2 (pós-assistência) de nove mulheres que já haviam concluído atendimento, idade média=41 e DP=11,28. Foram avaliadas individualmente com a Escala de Avaliação de Sintomas EAS-40, Escala de Estágio de Mudança - EEM e Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada Redefinida EDAO-R. Todas eram vítimas de agressões físicas e psicológicas recorrentes, em média há 11 anos, perpetrada por parceiro íntimo. Ambos os grupos encontravam-se nos estágios de mudança pré-contemplação (ausência de consciência do problema e de motivação para enfrentá-lo) e contemplação (reconhece o problema, mas sem motivação para enfrentá-lo) de acordo com a EEM. Os sintomas psicopatológicos avaliados com a EAS-40 mantinham-se elevados mesmo após os atendimentos. As participantes do Grupo pós-assistência apresentavam adaptação entre eficaz e ineficaz moderada, enquanto que entre as do Grupo pré-assistência predominaram adaptações ineficazes severa ou grave. As participantes chegam à instituição com vários comprometimentos, com confusão de pensamento, sem saber o que fazer e a quem recorrer, além de se sentirem descrentes de algum tratamento possível. A severidade dos conflitos que enfrentam sugere a necessidade de atendimentos psicológicos semanais de longo prazo (estima-se um mínimo de um ano) para que possam recuperar a auto-estima, auto-confiança e superar valores culturais profundamente arraigados, que as impedem de superar a condição de vitimização à que estão sujeitas. |