Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rolandi, Verônica de Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15511
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é identificar e refletir como os livros didáticos de Língua Estrangeira Moderna (LEM) aprovados no Programa Nacional do Livro Didático 2014 (PNLD-2014) para o Ensino Fundamental II contemplam a Lei n.º 10.639 de 2003, que trata da obrigatoriedade da temática História e Cultura afro-brasileira em todas as disciplinas do currículo. A escolha pelas disciplinas de LEM é devido ao seu papel crucial, de acordo com as Orientações Curriculares 2006, que era o de “levar o estudante a ver-se e constituir-se como sujeito a partir do contato e da exposição ao outro, à diferença, ao reconhecimento da diversidade”, assim como o Edital PNDL-2014, que deu às disciplinas de Língua Estrangeira Moderna um peso maior no que diz respeito ao cumprimento dessa lei quando comparada às demais disciplinas do currículo. Com vistas a essa lei e esse edital, foram analisadas sequências didáticas das cinco obras aprovadas nessa licitação PNLD-2014 LEM. A base teórica deste trabalho foram os estudos do Círculo de Bakhtin, pois entendemos o livro didático como gênero do discurso; a teoria da luta por reconhecimento de Axel Honneth e o conceito de ocultação ideológica de Michel Debrun. Nosso objetivo foi analisar, uma vez que o aporte teórico de Honneth permitiu entender como os sujeitos se inserem na sociedade por meio de uma luta por reconhecimento intersubjetivo, se esses materiais contribuíram e de que maneira isso se deu, isto é, se foi possível a constituição de um estudante negro sujeito e agente de sua história ou esses materiais estariam perpetuando o que Debrun chamou de ocultação ideológica, que oblitera esse estudante e o impede de ver-se como “sujeito”, a “agir como cidadão”, pois não ocorreu o contato e a “exposição ao outro, à diferença, ao reconhecimento da diversidade” (BRASIL, 2006), não possibilitando assim o travejamento de uma sociabilidade cognitiva da diferença. As análises apontam para um cenário em que os sujeitos interessados não foram envolvidos no processo como um todo, seja na elaboração ou na avaliação dos materiais didáticos de língua estrangeira, isto é, uma visão do conjunto do corpus nos permitiu afirmar que pouco do “eu” espelhado no “outro” é de fato o “outro”. Desse modo, no nosso entender, a Lei nº 10.639/03 isolada de outras políticas de ações afirmativas (um conjunto variado e que abrange diferentes frentes) tende a ser insuficiente. |