Vivências de mães-trabalhadoras acerca das demandas e recursos laborais em modalidades alternativas de trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rossini, Ana Paula Pagan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16074
Resumo: A literatura científica da última década demonstra que muitos termos estão sendo usados para designar relações de trabalho, tais como Teletrabalho que se refere às trabalhadoras que atuam em casa no período total ou após trabalho formal, Flex Working caracterizando o trabalho em horários flexíveis, Activity Based Working (ABW) no caso das trabalhadoras que atuam por atividades/projetos em locais com design próprios para o desenvolvimento dos mesmos e Part Time Working, que significa trabalhar em parte do tempo ou período. O objetivo desta pesquisa foi estudar como mulheres, que são mães de crianças de 0 a 6 anos e que trabalham em diferentes modalidades laborais, lidam com seus domínios e papeis pessoais e profissionais em suas vidas diárias. A metodologia utilizada foi qualitativa e fenomenológica, por meio de encontros dialógicos com mulheres que são mães de crianças de 0 a 6 anos e a posterior construção de narrativas compreensivas, compiladas na narrativa síntese e analisadas a partir do Modelo Demanda- Recursos. Os elementos estruturais do fenômeno identificados são: foco na vida pessoal e profissional, isolamento pelo Coronavírus, sobrecarga para mulher, maternidade tardia, rede de apoio, engajamento x esgotamento. Foi possível constatar que as mulheres que são mães de crianças pequenas e trabalham enfrentam dificuldades para manter o equilíbrio emocional e qualidade de vida. Vivências de sobrecarga derivada da multiplicidade de papéis de mulher-mãe-trabalhadora são descritas, bem como a percepção de restrições para ascensão na carreira. Possuir uma rede de apoio estruturada e com efetiva participação de outros atores, mas a viabilização desses recursos fica a cargo das próprias mulheres. Diante desses resultados, ressalta-se a importância de políticas sociais e organizacionais mais eficazes para a promoção de condições favoráveis de trabalho, assim como a valorização de modalidades flexíveis de vínculo com o trabalho.