Transformações espaciais de Itu após a implantação de grandes condomínios (1970-2019)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Steffen, Carla Volponi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16129
Resumo: A vida em condomínio, objeto de desejo induzido por uma sociedade estigmatizada pelo consumo, tem gerado impactos profundos na forma de organização das cidades e no comportamento da sociedade, seguindo com demanda crescente desde a década de 1970 na região e em algumas das áreas mais urbanizadas do país. Esta pesquisa tem como objeto de estudo a cidade de Itu/SP, que acolheu nos primórdios deste processo, um condomínio de grandes dimensões, voltado às camadas mais altas da sociedade, nominado Terras de São José, simultaneamente seguido por outros, que juntos inauguraram um período de grandes transformações na estrutura urbana da cidade. O objetivo da pesquisa cinge-se a desvelar quais mudanças aconteceram no processo de urbanização da região e no espaço urbano da cidade, sob a égide da urbanização dispersa e fragmentada, especialmente após a implantação destes gigantescos condomínios, engendrando uma nova esfera de vida pública. Através de diálogos com autores que discutem a urbanização brasileira neste período e da busca de dados em pesquisas históricas, documentais e empíricas sobre a cidade, levando em conta as mudanças na forma de uso e ocupação do solo a partir de novos loteamentos e de análises dos espaços públicos, foi possível verificar, como o desenho e o modo de vida na cidade se transformou. Os condomínios horizontais começam a dominar quantitativamente nos parcelamentos do solo e os espaços públicos tradicionais, perdem protagonismo como lugares de encontros. Os mais abastados consideram os condomínios como respostas à apregoada violência urbana e as mudanças nos usos das praças e espaços públicos são consequência das novas possibilidades de encontros oferecidas através das redes sociais, devido aos objetos técnicos vinculados às comunicações. Também o incremento da mobilidade, estimulada pela excelente infraestrutura viária regional e pelo fácil acesso ao automóvel particular, mudaram os costumes e ampliaram o acesso à novas áreas, mesmo que distantes, quase sempre instigados pelo consumismo sob a égide da globalização.