Comparação dos efeitos de diferentes medicações intracanal no reparo de lesões periapicais em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Klassmann, Larissa Magnus
Orientador(a): Campos, Maria Martha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Porto Alegre
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10923/1089
Resumo: Na Endodontia, o preparo químico-mecânico produz uma redução significativa da quantidade de bactérias no interior do sistema de canais radiculares. Este procedimento pode ser complementado pelo uso de medicações intracanal, a fim de aumentar a possibilidade de sucesso da terapia endodôntica. O presente estudo teve como objetivo avaliar a efetividade de diferentes medicações intracanal, em esquemas isolados ou em associação, para o controle de lesões periapicais em ratos. Esta tese foi dividida em capítulos, contemplado as diferentes medicações estudadas e os artigos originados. No capítulo 1, foi enfatizada a metodologia utilizada, com aplicação da Tomografia Cone Beam (CBTC), como ferramenta para avaliar o reparo das lesões periapicais após terapia endodôntica e, curativo de demora, demonstrando a eficácia do exame para finalidade proposta. Testou-se o hidróxido de cálcio (lado direito) versus grupo controle negativo (lado esquerdo), sem medicação. Na avaliação com CBTC, a área da lesão no grupo controle foi de 9.38 ± 0.68 mm2 e, no grupo tratado de 7.08 ± 0.44 mm2, sendo esta diferença significativa (p<0.05). No capítulo 2, foi avaliado o efeito do antioxidante, resveratrol e, das medicações consideradas padrão-ouro em Endodontia, clorexidina e hidróxido de cálcio, em esquemas isolados ou em associações. Ademais, o resveratrol foi testado em conjunto com a vitamina E ou com o óleo de arroz. Neste artigo, as comparações entre grupos tratados e controle demonstraram diferença significativa (p<0.05) nos grupos em que foi utilizado hidróxido de cálcio, resveratrol em propilenoglicol e resveratrol com clorexidina. Estes grupos apresentaram uma redução de aproximadamente 25% em relação ao seu grupo controle, de acordo com avaliação por CBTC. Os efeitos das medicações foram confirmados por análise histológica qualitativa, tendo sido observado maior infiltrado inflamatório, além de áreas de reabsorção e supuração nos grupos controle. Já, no capítulo 3, foi avaliada ação local da amoxicilina na região periapical, quando utilizada de maneira isolada ou, em combinações. Neste estudo, a amoxicilina mostrou-se bastante eficaz, tanto isoladamente, quanto em conjunto com hidróxido de cálcio ou clorexidina (p<0.05). As percentagens de redução foram de 47 ± 5%, para amoxicilina em propilenoglicol; 46 ± 5% para amoxicilina + gluconato de clorexidina e; 65 ± 10 % para amoxicilina + hidróxido de cálcio. Para confirmar os resultados da CBTC, foi realizada análise histológica qualitativa. Na coloração de H&E, o infiltrado inflamatório variou de leve a moderado nos grupos com medicação. No grupo controle, o infiltrado inflamatório foi classificado como intenso, com áreas de reabsorção. Na coloração de Mallory, os grupos teste mostraram grande quantidade de fibroblastos e fibras colágenas íntegras. Em contrapartida, o grupo controle apresentou infiltrado intenso, áreas de abscesso e supuração. Por fim, é apresentada uma discussão geral dos resultados, bem como, uma seção de considerações finais contemplando o desempenho das diversas medicações testadas e o significado do trabalho para a Endodontia. Conclui-se que a CBTC pode ser uma ferramenta importante para estudos pré-clínicos na área da endodontia, mostrando aplicação para determinação de alterações na região apical. Ademais, sugere-se que o agente antioxidante resveratrol ou o antibiótico amoxicilina podem ser alternativas efetivas como medicação intracanal.