A avaliação formativa na formação de professores para o ensino básico em Angola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Alfredo, Francisco Caloia Hombo
Orientador(a): Tortella, Jussara Cristina Barboza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15434
Resumo: Este trabalho tem como objetivo compreender a operacionalização da avaliação formativa no cotidiano da Escola de Formação de Professores (EFP) na cidade do Lubango, em Angola, tendo em referência a política da avaliação da aprendizagem implementada pelo Ministério da Educação para formação de professores. Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo estudo de caso instrumental por centrar-se na análise da reforma educacional em Angola. Utilizou-se a abordagem quantitativa e qualitativa de forma combinada, sendo que os dados qualitativos foram analisados com suporte do software WebQda (Web Qualitative Data Analysis), e os quantitativos analisados na planilha eletrônica do programa Microsoft Excel 2010. Na utilização destes suportes, os dados qualitativos foram desenvolvidos em temas, a partir de categorias de conteúdo previamente estabelecidas. Aplicaram-se questionários a 283 alunos e a 20 professores; dentre últimos, cinco também participaram da entrevista semipadronizada. Foram observadas cinco aulas, cada uma com duração de 50 minutos, a partir de um roteiro previamente construído, que permitiu identificar a prática da avaliação formativa e seus processos na sala de aula. Ainda analisou-se a política de avaliação da aprendizagem, também a partir de um roteiro, indicando-se os aspectos que a constituem nas diretrizes para a prática da avaliação. O texto final destaca quatro momentos: o primeiro analisa a política educacional em Angola veiculada nas reformas, respectivamente, de 1978 e 2004, de que se apontam a organização, a estrutura e os objetivos, além das falhas e medidas de correção decorrentes da implementação da segunda reforma. Analisam-se a política de formação de professores e de avaliação da aprendizagem. No segundo momento, realiza-se uma revisão da fundamentação da avaliação da aprendizagem de forma abrangente para, em seguida, abordar-se a avaliação formativa da qual são destacadas as duas perspectivas de concepção: (1) a inicial, proposta por Bloom, e (2) a proposta por Allal que amplia a primeira. A descrição da metodologia utilizada e a organização da pesquisa são destacadas no terceiro momento. Tem-se, no último capítulo, a apresentação e a análise dos dados coletados. Analisam-se (1) as afirmações dos professores e dos alunos sobre a política de avaliação da aprendizagem e (2) as concepções e práticas da avaliação formativa no cotidiano escolar. Verifica-se que as orientações sobre a avaliação da aprendizagem distanciam-se dos pressupostos da avaliação formativa, estando descrita em vários procedimentos que terminam com a atribuição de nota ao aluno. Os professores e os alunos mostram-se desfavoráveis com a tal política pelo fato de valorizar mais o resultado da prova final do ano letivo, realizada pela escola, em detrimento do resultado das avaliações que o professor realiza durante o ano letivo, mas todos concordam com a classificação da avaliação formativa. Os professores também alegam ter dificuldades para operacionalizar a política de avaliação da aprendizagem por falta de condições de trabalho e elevado número de alunos por turma. Tais alegações podem influenciar negativamente para o processo de ensino e aprendizagem, mas a elas juntam-se a necessidade da democratização do processo de ensino, da formação no domínio da avaliação da aprendizagem e, sobretudo, a necessidade da vontade política que viabilize e promova o sistema de ensino.