Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Rafael Andrade |
Orientador(a): |
Enumo, Sônia Regina Fiorim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16010
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Resumo: |
A fissura labiopalatina é um problema que exige cuidados médicos desde o nascimento até o final da adolescência, acarretando várias situações estressantes para o portador e sua família. Este estudo analisou os processos psicológicos envolvidos no enfrentamento (coping) de situações adversas relacionadas à doença e ao tratamento da fissura labiopalatina, incluindo o temperamento de pré-adolescentes, estresse dos cuidadores e risco psicossocial familiar. Participaram 22 díades, compostas por pré-adolescentes, com idade média de 11 anos, e seus cuidadores, em tratamento especializado. Foram coletados os seguintes dados, com seus respectivos instrumentos: a) dados descritivos da amostra, estresse e coping dos cuidadores, pela Ficha de Caracterização; b) risco psicossocial familiar, pelo Psychosocial Assessment Tool (PAT 2.0); c) temperamento dos pré-adolescentes, pelo Early Adolescence Temperament Questionnaire – Revised (EATQ-R); d) coping dos pré-adolescentes, pelo Responses to Stress Questionnaire – Cleft Lip and Palate (RSQ-CLP), adaptado para este estudo. A situação mais estressora pontuada pelos pré-adolescentes foi ter de usar aparelho ortodôntico. Eles apresentaram um nível de estresse médio (M = 19,27). O comportamento de coping que envolve reconhecimento de suporte social pelos pré-adolescentes foi o mais relatado pela amostra e a estratégia de enfrentamento mais expressiva foi a Aceitação. O Coping de Controle Secundário foi o mais frequente. As famílias apresentaram risco psicossocial médio (M = 1,19). Metade dos cuidadores referiu não vivenciar situação estressora relacionada ao tratamento, na coleta de dados. Foram identificadas relações significativas entre a presença de estresse autopercebido dos cuidadores com um maior nível de estresse e agressividade dos pré-adolescentes. O domínio de temperamento Afiliação foi o mais frequente para a amostra, sendo significativamente mais alto para os meninos. O tratamento longo e com diversos procedimentos invasivos na região da face tende a estimular a necessidade de vinculação dos pré-adolescentes junto a pessoas que oferecem suporte emocional e que os ajude na resolução de problemas consequentes da deformidade e/ou do tratamento, como pais e profissionais da saúde. Esses resultados indicam a necessidade de oferta de uma assistência integrada e multiprofissional a essa população, que incluam ações que minimizem os efeitos danosos dos fatores de risco psicossocial vivenciados pelas famílias mais vulneráveis. |