Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Andressa Melina Becker da |
Orientador(a): |
Enumo, Sônia Regina Fiorim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15738
|
Resumo: |
Bailarinos convivem com a dor devido ao treinamento intenso, prejudicando o desempenho e a qualidade de vida, havendo processos psicológicos que podem interferir no enfrentamento da dor. Esta pesquisa verificou os efeitos de uma intervenção psicológica centrada no enfrentamento (coping) da dor em bailarinos, analisando os processos psicológicos relacionados ao coping (estresse, dependência de exercício, ansiedade e autoeficácia), assim como suas relações com a qualidade de vida e o desempenho técnico. Participaram 19 bailarinas semiprofissionais (12-17 anos), em uma escola de dança de Curitiba-PR. O delineamento longitudinal seguiu as etapas de treinamento das bailarinas, por um ano, avaliando-se indicadores comportamentais e psicofisiológicos: 1) na Etapa Preparatória, mediu-se o cortisol salivar e capilar, e aplicou-se três escalas gerais - a Escala de Stress para Adolescentes, o Inventário de Ansiedade Traço e Estado e o Pediatric Quality of Life Inventory e duas escalas específicas - o Exercise Dependence Scale-21 e a Escala de Autoeficácia para Bailarinos, validadas previamente nesta pesquisa em uma amostra de 442 bailarinos, usando a Teoria de Resposta ao Item e análise de redes; 2) na Etapa Competitiva 1, reaplicou-se as duas escalas específicas, além de outras seis - o Inventário de Ansiedade-Estado Competitiva, a Lista de Sintomas de Stress Pré-Competitivo Infanto-Juvenil, o Questionário de Estresse e Recuperação para Atletas, o Athletic Coping Skills Inventory 24-BR, o Questionário sobre Qualidade de Vida de Atletas e o Inventário de Coping da Dor para Bailarinos, também validados, e as medidas psicofisiológicas; 3) na Etapa de Transição, aplicou-se um programa de intervenção no enfrentamento da dor, com 8 sessões semanais de 45 minutos filmadas, especialmente elaborado, usando Imagery Training, um Jogo de Coping da Dor, Diário da Dor e o Questionário para Imaginação na Dança; 4) na Etapa Competitiva 2, reaplicou-se os instrumentos, incluindo um Scouting Técnico para a Dança. Adotou-se uma perspectiva desenvolvimentista na análise dos dados, com base na Teoria Motivacional do Coping. Evidenciou-se estresse crônico pelo cortisol salivar e capilar. Houve diferenças significativas entre as etapas de treinamento na autoeficácia física e psicológica, e na dependência de exercícios. O Método JT mostrou mudança pós-intervenção positiva e confiável nos indicadores de autoconfiança (bailarina 3- B3); estressores: intrínsecos fisiológicos e cognitivos/emocionais (B6), extrínsecos sociais (B2, B6); níveis de estresse geral e específico da dança (B2); e componentes não promotores da qualidade de vida (B6). Houve mudança negativa confiável nos estressores: intrínsecos fisiológicos e cognitivos/emocionais (B12); estresse geral (B7, B11, B12); e componentes promotores da qualidade de vida (B1). A análise dos relatos verbais pelo IRAMUTEQ e do Diário da Dor indicou redução na frequência e intensidade da dor e mudanças nas estratégias de enfrentamento. Segundo juízes, a mediação da intervenção promoveu mais a estrutura do que o envolvimento e a autonomia das bailarinas. Conclui-se que essa intervenção pode ser replicada em outros bailarinos, já que houve melhora nas condições psicológicas das participantes. Estas relataram satisfação em participar da pesquisa, bem como a aprendizagem sobre os processos psicológicos, estratégias de enfrentamento adaptativas e as relações da Psicologia com a dança. |