Atenção psicológica em universidade: a experiência de estudantes como clientes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Souza, Grasiela Gomide de
Orientador(a): Cury, Vera Engler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15909
Resumo: Esta pesquisa buscou compreender e interpretar a experiência de universitários em relação ao atendimento psicológico recebido no contexto da universidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de inspiração fenomenológica. Dos treze participantes, cinco são homens e oito mulheres, com idades variando entre 18 e 25 anos, provenientes de cursos das várias áreas do conhecimento e que receberam, durante o ano de 2009, pelo menos um dos seguintes tipos de atendimento psicológico: psicoterapia de tempo determinado e grupo terapêutico. A experiência dos participantes foi apreendida pela pesquisadora durante entrevistas individuais de natureza dialógica. Como estratégia para a análise das entrevistas, foram construídas narrativas sobre os encontros que possibilitaram a emergência dos significados da experiência vivida pelos participantes com base nas impressões da pesquisadora, num movimento fenomenológico de construção de sentido. Os resultados evidenciaram possibilidades e limites da atenção psicológica, quando disponibilizada a estudantes no contexto universitário: a) os participantes buscaram atendimento psicológico espontaneamente, em razão de diversos tipos de problemas, e vivenciaram a possibilidade de um encontro consigo mesmos e com outras pessoas que lhes permitiu desvelar novos significados em relação às experiências universitárias; b) perceberam o desencadeamento de um processo pessoal mobilizador; c) sentiram-se vivendo um desafio em relação a experiência de um atendimento de curta duração, pois para eles não houve tempo suficiente para que o processo psicológico iniciado fosse finalizado, suscitando sentimentos de insegurança quanto à permanência das mudanças; d) para os participantes, a importância da atenção psicológica relacionou-se mais à descoberta de um novo modo de ser e de relacionar-se do que à abrangência ou o aprofundamento de determinadas questões. A experiência dos estudantes evidenciou, de maneira contundente, que a atenção psicológica disponibilizada na universidade potencializou encontros genuínos desencadeadores de um processo de mobilização interna no sentido de maior autonomia pessoal.