Habilidades intelectuais e perfil criativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gibim, Queila Guise Milian Teller
Orientador(a): Wechsler, Solange Muglia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15598
Resumo: A teoria mais recente da inteligência e que melhor explica o construto é a teoria Catell-Horn-Carroll (CHC). A criatividade é um construto que se define através de diversas perspectivas envolvendo aspectos cognitivos, pessoais, sociais e desenvolvimentais. Devido à importância dos construtos, a relação entre eles vem sendo investigada, mas um consenso ainda não foi estabelecido. No Brasil existe uma carência de testes que avaliem os construtos de uma maneira adequada. O objetivo este estudo foi ampliar a avaliação da criatividade, ao complementar a Bateria de Avaliação Intelectual e Criativa (BAICA) com uma medida de autorrelato sobre a criatividade ao criar a Escala de Perfil Criativo (EPC) e verificar evidências de sua validade bem como estudar em que magnitude inteligência e criatividade se relacionam. Para tanto foram realizados quatro estudos. O primeiro estudo analisou evidências de validade baseadas no conteúdo da EPC através da participação de cinco juízes e foi feito estudo da concordância, cujo mínimo aceito foi de 80%. A escala que contava com 72 itens passou a ter 69 itens. O segundo estudo verificou as evidências de validade da EPC pela estrutura interna através da Análise Fatorial Exploratória (AFE) realizada após o instrumento ter sido aplicado em 442 sujeitos (F= 78,3%) entre 18 e 75 anos (M= 38,17; DP= 13,31). A AFE por meio da Análise Paralela indicou a retenção de sete fatores, a saber: Curiosidade Inconformista, Flexibilidade Imaginativa, Liderança Otimista, Fluidez Social, Sensibilidade Emocional, Persistência Dinâmica e Humor Idealista. A escala passou a contar com 62 itens. A análise de precisão pelo alfa de Cronbach foi feita e os valores apresentados indicaram confiabilidade na medida proposta (α entre 0,60 e 0,75). O terceiro estudo verificou evidências de validade da EPC por critério externo. Participaram 90 estudantes (F= 65,6%) com idades entre 16 e 18 anos (M= 16,5; DP= 0,52) de uma escola estadual. Foram aplicadas a EPC e a BAICA (composta por cinco subtestes cognitivos e um subteste criativo dividido em atividades verbais e figurais). A correlação de Pearson indicou que correlações significativas existem entre alguns fatores da EPC e habilidades criativas verbais e figurais. O quarto estudo analisou a relação entre inteligência e criatividade, através de correlação de Pearson e possíveis diferenças de gênero através da Análise Multivariada da Variância (MANOVA). A amostra foi a mesma do terceiro estudo. Os instrumentos foram os mesmos do terceiro estudo, além do Questionário de Auto Percepção da Inteligência que conta com afirmativas relativas às mesmas áreas intelectuais avaliadas pela BAICA. Os resultados apontaram que não existem diferenças significativas quanto ao gênero para criatividade e poucas correlações significativas entre inteligência e criatividade foram encontradas.