Da Terra do Nunca ao País das Maravilhas: os clássicos da literatura infanto-juvenil e a linguagem oral e escrita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Patricia Maria Barbosa Jorge Sparvoli
Orientador(a): Tassoni, Elvira Cristina Martins
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15272
Resumo: Esta tese é uma pesquisa participante do tipo intervenção e foi realizada com uma sala de aula de 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do interior paulista. Durante todo o ano de 2017, foram realizadas atividades de intervenção tendo como base dois clássicos da literatura infanto-juvenil – Peter Pan e Alice no País das Maravilhas – e o investimento constante na imaginação. A questão norteadora apresentou-se da seguinte forma: Como um trabalho pautado nos clássicos da literatura infanto-juvenil pode contribuir para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, tendo como eixo condutor a construção de processos imaginativos? Objetivou-se, portanto, investigar como um trabalho pautado nos clássicos da literatura infanto-juvenil pode contribuir para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, tendo como eixo condutor a construção de processos imaginativos. Os objetivos específicos foram: (i) analisar o envolvimento dos alunos do 5º ano na construção de processos imaginativos, a partir de estratégias planejadas que trazem possibilidades para a atividade criadora; (ii) identificar se o uso dos clássicos da literatura infanto-juvenil pode configurar-se como uma potencialidade no desenvolvimento da linguagem oral e escrita; e (iii) investigar como a exploração de elementos do maravilhoso a partir de clássicos da literatura infanto-juvenil pode despertar a construção de processos imaginativos que se materializam em produções orais e escritas. Como parte fundamental da metodologia utilizada, a pesquisadora fantasiou-se de personagens das histórias –Wendy e Alice – e trouxe objetos que permitiram o adentrar um ambiente imaginativo. Apesar de já terem passado do ciclo de alfabetização, as crianças apresentavam consideráveis defasagens na linguagem oral e escrita, porém avanços significativos foram evidenciados nas produções textuais, no que se refere à estrutura, ao conteúdo, ao uso de recursos linguísticos, ao traçado das letras e às questões ortográficas. Como resultado deste estudo, foi possível perceber, à luz da Teoria Histórico-Cultural, que as crianças se envolveram nas etapas da proposta e (re)significaram a relação com a leitura e a escrita. Os momentos de contação de histórias com os alunos interagindo com as personagens criaram elementos e ampliaram o repertório para que produzissem os desenhos e os textos. Ademais, perceberam a necessidade de considerar o interlocutor – escrever algo a alguém – e a finalidade da escrita. Essa tomada de consciência possibilitou a emergência de textos mais elaborados, coesos e com detalhamento, como também a preocupação com questões normativas e discursivas. Esta pesquisa propicia elementos para se pensar em uma metodologia para um trabalho tanto para a alfabetização como para a linguagem oral e escrita no sentido do aprimoramento, tendo na literatura infanto-juvenil sua potencialidade.