A experiência de usuários em um centro de convivência: um estudo fenomenológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Eberson dos Santos
Orientador(a): Cury, Vera Engler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15796
Resumo: Essa pesquisa objetivou compreender a experiência de pessoas que frequentam um Centro de Convivência (CECO) a partir do relato de suas vivências. Os CECO’s são instituições públicas que compõem as redes de Atenção à Saúde e de Atenção Psicossocial em municípios brasileiros. Constituiu-se como uma pesquisa qualitativa e exploratória, de natureza fenomenológica husserliana. O pesquisador acompanhou as atividades de um Centro de Convivência, localizado em uma cidade do interior do Estado de São Paulo, e realizou encontros dialógicos individuais com sete participantes adultos de ambos os sexos. Os encontros foram iniciados com uma questão norteadora. Após cada encontro, o pesquisador redigiu uma Narrativa Compreensiva a partir das suas impressões sobre a experiência do (a) participante. Concluído este processo, foi elaborada uma Narrativa Síntese, de cunho interpretativo, contendo os elementos significativos da experiência vivida por todos os participantes no que se refere ao tema do estudo. Os elementos constituintes da experiência em pauta foram: (1) as relações interpessoais no contexto do CECO são orientadas por respeito, compreensão e interesse genuíno pelo outro, mantendo os usuários afetivamente vinculados ao serviço e facilitando o desenvolvimento de laços sociais significativos; (2) a partir da convivência cotidiana com outras pessoas e da participação em atividades coletivas, os usuários podem desenvolver criativamente suas próprias habilidades e interesses; e (3) ao se sentirem acolhidos e respeitados como pessoas pelos profissionais do CECO, os usuários desenvolvem uma relação afetiva positiva com o serviço que os faz colaborarem com as atividades cotidianas de uma maneira diferente daquela que vivenciam em relação a outros contextos de saúde pública. Concluindo, o CECO se revelou como um espaço propício ao desenvolvimento de potencialidades individuais e coletivas e à valorização de relações sociais construtivas que facilitam e preservam a tendência inerente das pessoas para o crescimento, a autonomia e o amadurecimento psicológico.