Psicologia escolar e música: mobilizando afetos e promovendo vivências na classe de recuperação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Neves, Maura Assad Pimenta
Orientador(a): Souza, Vera Lúcia Trevisan de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15997
Resumo: O presente estudo está integrado às ações do grupo de Pesquisa Processos de Constituição do Sujeito em Práticas Educativas PROSPED, que se insere na linha de pesquisa Prevenção e Intervenção Psicológica, do programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Psicologia, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Tem como objetivo analisar de que modo a intervenção com música com foco nos afetos e na expressão dos alunos promove a mudança da sua relação com a classe de recuperação. Para tanto, adotamos como aporte teórico-metodológico a Psicologia Histórico-Cultural, sobretudo os conceitos de Vigotski, seu principal representante. Tomaram-se como sujeitos alunos de duas classes de recuperação intensiva, do Ensino Fundamental II. Estabeleceu-se parceria com a coordenadora pedagógica e três professoras. O cenário da pesquisa-intervenção foi uma escola pública da rede estadual da região sudoeste de Campinas/SP. Os procedimentos de construção de informações utilizados foram: observações da/na escola; conversas com as professoras e com a equipe gestora; observações nas salas de aula; atividades com materialidades mediadoras como músicas, vídeos e filme; diálogos entre e com os alunos; devolutivas escritas por eles ao final dos encontros; composições dos alunos; confecção do cenário; confecção de CD e entrevista semiestruturada com as professoras. A pesquisa possibilitou concluir que a música se revela como uma materialidade potente na transformação de emoções e sentimentos, configurando sentidos e significados, sendo, portanto, uma ferramenta para o trabalho do psicólogo escolar e para educadores que tenham como intenção afetar os alunos de modo a promover sua expressão, o interesse e o envolvimento pelos conteúdos escolarizados e o consequente desenvolvimento para a apropriação de novos conteúdos curriculares. Percebemos, ainda, que trabalhos envolvendo a música e a arte em geral, quando realizados em parceria com educadores, promovem a criação de um novo espaço na e para a escola, o qual favorece a ampliação dos modos como seus atores se relacionam. Por fim, as intervenções possibilitaram que os alunos da classe de recuperação bem como os educadores modificassem a concepção que se tinha dessas classes, uma vez que o trabalho ampliou o olhar para as potencialidades dos alunos que a frequentam.