Os sentidos subjetivos de adolescentes com câncer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Giselle de Fátima
Orientador(a): Amatuzzi, Mauro Martins
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15885
Resumo: Esta dissertação é o resultado de um estudo qualitativo baseado na Teoria da Subjetividade e na Epistemologia Qualitativa, ambos desenvolvidos por González Rey. O principal objetivo desse estudo foi analisar e discutir as configurações subjetivas de adolescentes portadores de câncer, enfatizando a singularidade do sujeito que adoece a partir de uma discussão complexa sobre o processo saúde-doença. O trabalho foi desenvolvido com quatro estudos de caso com adolescentes de 13 a 19 anos de ambos os sexos, e que estavam hospedados numa Casa de Apoio. Como instrumentos de pesquisa utilizamos a dinâmica conversacional e o complemento de frases. A discussão do nosso trabalho foi realizada por meio de uma análise construtivo-interpretativa das zonas de sentidos elaboradas para cada estudo de caso. Nessas zonas de sentidos observamos alguns elementos comuns, tais como: as representações sociais do câncer, o impacto do diagnóstico, as relações sociais e familiares, as transformações do corpo decorrentes dos efeitos colaterais do tratamento e a interferência da rotina hospitalar na vida do adolescente. Como resultados pôde-se concluir que a produção subjetiva de cada adolescente é peculiar à sua história de vida, à cultura, valores e hábitos, além do contexto atual. Portanto, os sentidos subjetivos dos adolescentes portadores de câncer não estavam limitados ao espaço simbólico da adolescência ou do câncer, mas integravam sentidos subjetivos constituídos em outras esferas da vida desse adolescente. Dessa forma, nosso estudo vem apresentar a importância do resgate da singularidade do sujeito que adoece, tanto na intervenção médica, no acompanhamento psicológico e também no desenvolvimento de estudos científicos. Além disso, foi mediante a valorização da singularidade que foi possível desenvolver a categoria pesquisa-terapia que se refere ao espaço inter-relacional gerado entre a pesquisadora e adolescente, que não se limitou somente ao desenvolvimento da pesquisa, mas possibilitou o vínculo afetivo e acolhimento psicoterapêutico dos jovens participantes desse estudo.