Autonomia e decisão de constituição familiar em mulheres com epilepsia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Randi, Yara Maria
Orientador(a): Tedrus, Glória Maria de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17166
Resumo: Introdução: A epilepsia é uma doença crônica caracterizadas por crises epilépticas recorrentes e em um número elevado de casos está associada a comorbidades clínicas e psiquiátricas e com repercussões sociais e com comprometimento da qualidade de vida. É sabido que em mulheres, a epilepsia pode levar a implicações no desenvolvimento de sua autonomia e no desejo/decisão de constituição familiar. Objetivo: Avaliar a autonomia e a decisão de constituição familiar em mulheres adultas com epilepsia e suas implicações na percepção da qualidade de vida e do estigma. Métodos: Estudo observacional transversal desenvolvido no Ambulatório do Hospital PUC-Campinas. Foram analisados os aspectos clínicos e demográficos e os dados obtidos em um questionário específico sobre autonomia e relacionamento e o desejo/decisão de constituição familiar em mulheres adultas com epilepsia. Foram relacionados os aspectos demográficos e clínicos com os escores no Quality of Life in Epilepsy Inventory 31 (QOLIE-31) e da Escala de Estigma na Epilepsia, com nível de significância p<0,05. Resultados: Das 70 pacientes entrevistadas, 42,9% tinham um(a) companheiro(a) e 70% já possuíam pelo menos um filho. A escolha de ter ou não filhos foi significativamente influenciada pela idade na ocasião da primeira crise epiléptica e na idade do diagnóstico de epilepsia. Foi verificado a composição familiar e identificado que 18,6% moram sozinhas. Em relação a posse da Carteira Nacional e Habilitação, apenas 18,6% possuem, porém apenas 12,9% conduzem veículos regularmente. Referente a escolaridade, 38,6% possuíam pelo menos o ensino fundamental, verificando diferença significativa na percepção do estigma relacionado ao diagnóstico de epilepsia segundo a escolaridade formal, ou seja, as pacientes com menos anos de escolaridade percebem maior estigma. Referente a ocupação, 52,9% recebiam uma remuneração, porém na maioria dos casos que apresentava uma atividade produtiva, eram trabalhos manuais, possivelmente de baixa remuneração. Observou-se de modo significativo que as pacientes que referiram a influência da epilepsia na profissão atual apresentam de modo significativo maiores escores na Escala de Estigma na Epilepsia. Conclusão: Em mulheres adultas com epilepsia houve restrições escolares, educacionais e empregatícios com comprometimento da qualidade de vida. Aspectos clínicos da epilepsia, e o comprometimento da qualidade de vida foram aspectos que se relacionaram com a maior percepção de estigma.