Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Aboud, Leila Orssolan |
Orientador(a): |
Azevedo, Heloisa Helena Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15293
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Resumo: |
Esta pesquisa trata da brincadeira de faz de conta na escola, como promotora do desenvolvimento infantil, e o papel do professor nas situações de brincadeiras. Sendo assim, o problema da pesquisa centra-se em compreender em que medida os professores utilizam a brincadeira de faz de conta como um recurso didático-metodológico para a aprendizagem e desenvolvimento das crianças na Educação Infantil. O objetivo central da pesquisa foi conhecer o que as professoras participantes sabem sobre a brincadeira de faz de conta, como organizam e medeiam as situações de brincadeira promovidas na escola infantil, de modo a promover aprendizagem e desenvolvimento às crianças. É uma investigação de caráter qualitativo, cujo material empírico que lhe deu suporte foi construído por meio da aplicação de questionários semiestruturados e um Grupo Focal, com participação de cinco professoras que atuam com crianças de 3 a 5 anos, em uma escola pública de Educação Infantil da Cidade de Campinas, no interior do Estado de São Paulo. Os aportes teóricos que ofereceram as bases para as análises do material empírico têm foco nos conceitos de mediação, zona de desenvolvimento proximal, atividade principal, brincadeira, brinquedo e imaginação, evidenciados nas pesquisas de Vigotski, Elkonin e Leontiev, com maior profundidade. Os resultados evidenciados na pesquisa demonstraram que o faz de conta avançou pouco nas práticas da Educação Infantil, porque as professoras conhecem a importância dele, destinam tempo, espaço e materiais na rotina diária das crianças e, em alguns casos, ensinam as crianças a brincar. Entretanto, a análise do material empírico demonstrou que predomina na escola a crença de que a variedade e diversidade de brinquedos, por si só, já garantem o faz de conta, bem como é recorrente a concepção de que a criança precisa de liberdade para brincar, enquanto a professora se ocupa em observar as crianças brincando. Esta pesquisa evidenciou a urgente necessidade de as equipes escolares discutirem as situações de brincadeiras apoiadas em bases teóricas que as considerem como fonte de aprendizagem para o desenvolvimento infantil e o importante papel mediador das professoras nas brincadeiras, quer seja de forma direta ou indireta. Emergiu das discussões, possibilitadas na pesquisa, a reflexão sobre a importância dos currículos e das propostas da Educação Infantil explicitarem os pressupostos teóricos que fundamentam a brincadeira na escola, para que apoiem as discussões nos tempos destinados à formação continuada e, desta forma, provoquem a ressignificação das práticas de brincar. A pesquisa retoma os principais conceitos sobre o faz de conta e traz possibilidades para que a escola infantil reconheça a brincadeira como promotora de aprendizagem e desenvolvimento psíquico das crianças da Educação Infantil. |