Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Victório, Vanessa Marques Gibran |
Orientador(a): |
Enumo, Sônia Regina Fiorim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15594
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Resumo: |
O Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) é uma condição crônica de saúde caracterizada pelo excesso de glicose no sangue e produção deficiente de insulina pelo pâncreas, exigindo a ingestão diária de insulina para o controle metabólico. Este é afetado por variáveis psicossociais, especialmente durante a adolescência, que é uma fase de risco para reações de estresse. A forma como o adolescente lida com o estresse depende, em parte, de seu repertório de enfrentamento. As estratégias de enfrentamento [EE] adaptativas permitem um melhor controle glicêmico e maior adesão ao tratamento. Este último está baseado em medicamentos e comportamentos de autocuidado, como o seguimento de dieta alimentar, o monitoramento da glicemia e a realização de atividades físicas. Considerando as características dessa fase de desenvolvimento e do DM1, esta pesquisa analisou as relações entre estressores, o enfrentamento da doença e a adesão ao tratamento, em adolescente com DM1, a partir da Teoria Motivacional do Coping. Participaram 10 adolescentes, 5 de cada sexo, com idade entre 12 e 15 anos e diagnóstico médico de DM1; cursavam o Ensino Fundamental (7) e o Ensino Médio (3). Foram aplicados, individualmente, um Questionário Sociodemográfico, com o Critério de Classificação Socioeconômica Brasil, o Questionário de Atividades de Autocuidado (QAD), o Questionário de Estresse Face à Diabetes-R (QSD-R), o Adolescente/Child’s Self-Report Responses to Stress (RSQ-Pediatric Diabetes- D-Ped), com validação linguística autorizada, e a Escala de Coping do Diabetes para Adolescentes (COPE-DIA) especialmente elaborada. Os dados foram coletados na Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), na cidade de Birigui/SP e nas residências dos adolescentes. A análise de dados foi quantitativa, através de análise estatística não paramétrica, e qualitativa, com descrição de dois casos. Os comportamentos do QAD com maior adesão foram: Monitoramento da glicemia e Uso de Medicação (insulina e/ou comprimidos). O Estresse Face à Hipoglicemia foi considerado o estressor mais significativo pela maioria dos adolescentes, seguido do Regime Terapêutico e das Queixas Somáticas, no QSD-R. Considerando os dois instrumentos que avaliaram os estressores do diabetes, foram mais frequentes aqueles ligados aos cuidados com o tratamento do diabetes e ao sentimento de culpa pelo não cumprimento das orientações médicas. Os adolescentes lidavam com o DM1 com EE de Engajamento Involuntário (Excitação Emocional e Ruminação) e Engajamento de Controle Secundário (Pensamento Positivo, Aceitação, Distração e Reestruturação Cognitiva), segundo o RSQ-D-Ped. Pelo COPE-DIA, avaliaram os estressores mais como um desafio do que ameaça às suas necessidades básicas de Relacionamento, Competência e Autonomia, apresentando EE de Busca de Informação, Busca de Suporte, Resolução de Problemas, Isolamento (relativos à necessidade de Relacionamento), Fuga, Delegação e Desamparo (relativos à necessidade de Competência). A reação emocional de raiva foi a mais frequente. O coping parece afetar a relação entre o regime terapêutico e a atividade física. Essa análise das variáveis motivacionais envolvidas no processo de adesão ao tratamento em adolescentes com diabetes forneceu dados prescritivos para futuras intervenções com essa população. Contribui também para a área de pesquisa, ao propor uma análise mais desenvolvimentista das variáveis relevantes à adesão ao tratamento nessa faixa etária. |