Estudo experimental da retração por secagem do concreto reforçado com microfibras
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17023 http://lattes.cnpq.br/9096411827306419 |
Resumo: | A eficiência e durabilidade das estruturas em concreto são associadas ao controle da qualidade do concreto, sendo que quando negligenciada, resultar-se-á em diversas manifestações patológicas. Desta maneira, ressalta-se o fenômeno da fissuração, o qual pode comprometer tanto a estética quanto a durabilidade da estrutura, visto que propiciam a entrada de água e agentes nocivos e reduzem a capacidade de carregamento do concreto. Com ênfase nas idades iniciais, as fissuras são resultado da sobreposição das tensões causadas pelos efeitos térmicos e pela retração. Ressalta-se que apenas o fenômeno da retração não incorreria em dano ao elemento, como fissuração. Quando associadas às restrições [externas e internas], tensões de tração são induzidas no material, resultando na fissuração quando ultrapassam a sua resistência à tração. Nas idades iniciais, isso se evidencia particularmente importante, pois as propriedades do concreto ainda estão em desenvolvimento. Logo, controlar a formação e abertura das fissuras é imprescindível para garantir a durabilidade e vida útil das estruturas. Dentre as alternativas, a adição de fibras à matriz cimentícia se destaca como uma tecnologia eficiente ao controle da fissuração por retração. A fim de determinar a eficácia da adição de fibras no processo de fissuração decorrente da retração [por secagem], destaca-se a metodologia proposta pela ASTM C1581/C1581M (2018), cujo ensaio avalia o potencial de fissuração do concreto quando restringido de se deformar livremente. Com isso, este trabalho contempla uma pesquisa experimental que teve por objetivo avaliar a eficácia das microfibras de poliamida e vidro álcaliresistente na redução do potencial de fissuração devido à retração por secagem restringida, conforme a normativa ASTM C1581/C1581M (2018). No total, cinco dosagens foram avaliadas: concreto simples (CS) e as demais em concreto reforçado com microfibras de poliamida e vidro álcali-resistente. Ambas as microfibras foram avaliadas individualmente em duas dosagens – 0,60 e 1,20 kg/m³ do volume de concreto. Como resultado, verificou-se que as adição de microfibras não alterou significativamente a idade de fissuração do compósito. A diferença mais notória ocorreu para a amostra incorporando microfibras de vidro álcaliresistente (CRFV-AR/1,2), na dosagem de 1,20 kg/m³ do volume de concreto, cuja idade de fissuração foi aos 12,5 dias, quatro dias após ao CS. Entretanto, a classificação de todas as dosagens ficaram compreendidas entre as faixas de potencial ‘Alto’ ou ‘Moderado-alto’ de fissuração. Entretanto, o padrão de fissuração nos compósitos reforçados com microfibras se diferiram da amostra referência, apresentando fissuras de menores dimensões e descontínuas. Em adição, esse fator se mostrou mais acentuado com o aumento do teor das microfibras. A dosagem CRFV-AR/1,2 se destacou mais eficiente neste estudo, visto a redução considerável na abertura das fissuras, além de retardar o seu aparecimento. Portanto, a análise da fissuração como complemento ao ensaio do anel se mostrou imprescindível para averiguar o efeito da adição de microfibras no concreto. Conclui-se que, apesar da adição de microfibras não alterar o potencial de fissuração do compósito, a sua eficiência está relacionada à redução da abertura de fissuras, cujo parâmetro contribui para a durabilidade e a vida útil das estruturas em concreto. |