Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Campos, Carolina de |
Orientador(a): |
Nakano, Tatiana de Cássia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16768
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Resumo: |
A autoeficácia é considerada um mediador de comportamentos e influenciador dos esquemas cognitivos. Está também diretamente relacionada com a motivação das ações humanas e com a persistência e esforço para as realizações de tarefas, sendo um constructo importante para se estudar no contexto esportivo, por se tratar de um ambiente de superação diária de resultados e desempenho. Apesar dessa importância, nota-se a escassez de instrumentos validados para avaliar e mensurar a autoeficácia no contexto esportivo brasileiro. Por esse motivo, a presente tese teve como objetivo geral desenvolver e verificar as evidências de validade das propriedades psicométricas de uma Escala de Autoeficácia para Atletas Brasileiros. Para isso, foram realizados cinco estudos. O primeiro refere-se à construção de uma versão inicial do instrumento, composta por 84 itens, baseados na literatura da Teoria Social Cognitiva de Albert Bandura. No segundo estudo investigou-se evidências de validade de conteúdo do instrumento através da verificação da adequação do instrumento junto ao público-alvo a partir de um estudo piloto junto a 15 atletas divididos em três grandes grupos (adultos, adolescentes com 14 anos e paratletas); além disso, também foi feita uma análise por cinco juízes especialistas em avaliação psicológica e psicologia esportiva. Os juízes consideraram adequados 81 itens, os quais tiveram suas evidências de validade com base na estrutura interna e precisão investigadas no estudo 3. Participaram do estudo 379 atletas brasileiros com idades entre 13 e 51 anos, nascidos nas cinco regiões do país e praticantes de diferentes modalidades esportivas. A análise fatorial confirmatória comprovou a estrutura fatorial de quatro fatores: Experiências Diretas de Domínio, Experiências Vicárias, Persuasão Verbal e Estados Fisiológicos e Emocionais. As cargas fatoriais variaram de 0,238 a 0,732. Após a exclusão de cinco itens com cargas fatoriais negativa, a versão final da escala ficou composta por 76 itens,. A precisão, por meio da consistência interna, também se mostrou satisfatória (Ômega Mcdonald ≤ 0,82). No estudo quatro, os resultados na escala foram comparados com outros instrumentos que avaliavam motivação e saúde mental, a fim de investigar as evidências de validade baseadas em testes que avaliam construtos relacionados. Participaram desta etapa 117 atletas, todos homens, com idades entre 13 e 20 anos e praticantes de modalidades coletivas. O instrumento apresentou correlações positivas e significativas com a maioria das dimensões de motivação e com o instrumento de saúde mental. Por fim, o estudo cinco se propôs a avaliar a influência de variáveis sociodemográficas no resultado da escala. Notou-se que apenas os critérios ‘tempo de prática’ e ‘gênero’ apresentaram diferenças entre as médias nos fatores Experiências Diretas de Domínio (médias superiores em atletas com mais de seis anos de prática) e Estados Fisiológicos e Emocionais (médias superiores em homens e atletas com mais de seis anos de prática). Os demais critérios sociodemográficos avaliados (nível de escolaridade, modalidade, região de moradia, nível competitivo e se o atleta possuía ou não alguma deficiência) não demonstraram diferença significativa em suas médias, permitindo inferir que a escala pode ser utilizada com atletas com características distintas. De maneira geral, acredita-se que o objetivo da presente tese foi atingido satisfatoriamente, podendo afirmar que a Escala de Autoeficácia para Atletas Brasileiros possui propriedades psicométricas adequadas para o uso junto a atletas brasileiros. |