Stress pós infarto: avaliação evolutiva e adesão à mudança de hábitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bussoletto, Greici Maestri
Orientador(a): Lipp, Marilda Emmanuel Novaes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15933
Resumo: Diante das altas taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares, é necessário que se promovam trabalhos de prevenção e reabilitação que abordem aspectos físicos e emocionais. Buscou-se nesse estudo compreender a adesão do paciente coronariopata ao tratamento pós-infarto avaliando possíveis mudanças nos hábitos de vida e na incidência de stress na passagem do tempo em três momentos: na internação, três e seis meses após o evento. A amostra contou com 31 participantes, sendo 26 homens e cinco mulheres; com idade entre 40 a 82 anos internados no hospital das clínicas da UNICAMP. Na coleta dos dados foram utilizados um roteiro de entrevista semiestruturada e o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). Para os dados quantitativos foi utilizada a análise estatística e para os dados qualitativos a análise de conteúdo segundo os moldes de Bardin. Os resultados apontaram uma prevalência de pacientes com sobrepeso (n=14), com hipertensão arterial instalada (n=23), com IAM prévios em seu histórico médico (n=19) e com a presença de antecedentes familiares de hipertensão arterial (n=19), de diabetes mellitus (n=16), de IAM (n=20), de acidente vascular cerebral (n=17) e de morte súbita (n=13), considerados fatores de risco no desencadear de doenças cardiovasculares. Analisando os hábitos de vida, constatou-se que houveram mudanças significativas, para melhor, em relação a: realização de atividade física (p=0,022); ao ato de parar de fumar (p=0,001); e ao tipo de alimentação consumida (p<0,001). A retomada de atividades após o IAM ficou prejudicada (p=0,012). Em relação ao stress, 100% da amostra apresentava sintomas significativos na primeira avaliação, 96,43% na segunda e 89,29% na terceira. Nas três avaliações a fase do stress mais prevalente foi da resistência. Os sintomas físicos prevaleceram na primeira avaliação (n=16), na segunda (n=12) e terceira (n=13), prevaleceram os psicológicos. Os resultados demonstraram que a forma como o paciente se relaciona com a equipe, com o seu tratamento e com as mudanças decorrentes do infarto, podem influenciar positiva ou negativamente na adesão ao tratamento.