Crônica de uma seca anunciada: a crise hídrica em Campinas - SP e seus impactos sobre as populações das bacias hidrográficas do Ribeirão Anhumas e do Rio Capivari (2012-2016)

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Silva, Julia Lopes da
• Orientador(a): Samora, Patricia Rodrigues
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: PUC-Campinas
• Palavras-chave em Português: Gestão urbana; Gestão das águas; Crise ambiental; Crise hídrica; Gestion urbaine; Gestion d’eau; Crise environnemental; Pénurie d’eau; Urban management; Water management; Environmental crisis; Water crisis
• Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16222

A recente crise hídrica vivenciada no sudeste brasileiro tem sido analisada por diversos setores. No entanto, a escassez é alertada há pelo menos quatro décadas por inúmeros pesquisadores e órgãos ambientais, cujas projeções apontam para extremos climáticos, aumento de temperatura, doenças, escassez, entre outros problemas ambientais de ordem global, os quais têm aumentado principalmente após a década de 1950 em função de atividades antrópicas. Esta pesquisa busca compreender as raízes desta crise que tem origens políticas, climáticas e antrópicas. Para tal, utilizamos revisão teórica, levantamento documental e pesquisa de campo com o objetivo de compreender aspectos conceituais e factuais, bem como apreender a realidade local. Investigamos a ligação da seca vivenciada com os principais problemas ambientais observados hoje nas cidades brasileiras: desmatamento, poluição, ocupação de áreas ambientalmente sensíveis etc., fruto da pressão sobre os ecossistemas naturais. Revisamos as políticas públicas ambientais adotadas na cidade de Campinas durante o período de escassez, de modo a observar a coesão e as contradições das medidas para gestão deste evento. Realizamos ainda uma pesquisa de campo com os moradores das bacias hidrográficas do ribeirão Anhumas e do rio Capivari que demonstrou a injustiça ambiental à qual determinadas minorias sociais estão sujeitas e a lógica através da qual diversos grupos sociais marginalizados arcam com o passivo socioambiental de um dito desenvolvimento. Com isto, buscamos contribuir para o debate acerca da gestão ambiental municipal problematizando as estratégias adotadas pela política local de recursos hídricos.