Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Allucci, Renata Rendelucci |
Orientador(a): |
Schicchi, Maria Cristina da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16095
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Resumo: |
As histórias sobre a fundação e a urbanização da cidade paulista de São Luiz do Paraitinga, que se relacionam com a administração do Morgado de Mateus na Capitania de São Paulo, representam o início da utilização de um imaginário fundacional como base para a atribuição de seu valor patrimonial. Esse imaginário fundacional, estabelecido por estudos acadêmicos e pesquisas sobre a cidade, vem servindo de alicerce e justificativa para os sucessivos processos de tombamento pelos órgãos de preservação estadual e federal, somando-se a ele, posteriormente, outros imaginários urbanos. Não obstante sua localização no Vale do Paraíba, a influência da cultura do café sobre o desenvolvimento urbano da cidade foi relativa, pois não promoveu a mesma riqueza que em outras cidades da região. A dificuldade de acesso, entre outros motivos, contribuiu para inibir o desenvolvimento econômico de São Luiz do Paraitinga que, para se promover, encontrou opções na valorização do patrimônio cultural e na vocação para o turismo. Uma inesperada enchente, ocorrida em 2010, destruiu parte de seu patrimônio arquitetônico, e a situação trouxe à tona reflexões sobre a utilização das tradições e das memórias como suportes para reconstruir física e moralmente a cidade, no intuito de manter as identidades conquistadas. Também foi o momento em que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com a finalidade de salvaguardar as edificações e reconstruir aquelas que se perderam com a enchente, utilizou o instrumento do tombamento, formalizando sua inscrição como Conjunto Histórico e Paisagístico. Este percurso singular da história da cidade permite que se discuta a efetividade desse tombamento frente aos contrastes socioculturais e econômicos existentes entre o Centro Histórico e outros bairros da cidade, pois o instrumento não atuou sobre a preservação da paisagem como um todo, no sentido de uma gestão integrada da cidade, o que contribui para a segregação dos espaços. |