A desconexão contemporânea da práxis da arquitetura e do urbanismo no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Linardi, Fabricio de Francisco
Orientador(a): Silva Neto, Manoel Lemes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16116
Resumo: Para refletir sobre a contemporaneidade é necessário considerar os resquícios do passados como marcas dos processos históricos e somá-los à novos elementos que constituem a conjuntura do período atual. Considera-se que são três os elementos centrais que caracterizam as estruturas do presente: o neoliberalismo, o fenômeno da globalização e a pós-modernidade. A articulação entre os três elementos define a conjuntura que determina o arranjo econômico, político e cultural da contemporaneidade e condiciona o modo de fazer e de pensar arquitetura. Tal condicionamento tem se dado por meio da imposição gradativa do afastamento entre a atividade teórica e atividade prática que integra a práxis da arquitetura. Como consequência tem-se observado o esvaziamento da ideação do profissional arquiteto e a restrição da prática como um simples instrumentalismo de agentes hegemônicos. Um dos desdobramentos mais preocupantes desse processo é o gradativo desmantelamento do debate de arquitetura no Brasil uma vez que a arquitetura tem se voltado em grande medida ao mercado e, assim, deixa de exercer seu caráter questionador sobre o espaço habitado e sobre possibilidades alternativas para o futuro. A tese questiona como a práxis da arquitetura se molda frente as conjunturas político-econômica-cultural ao longo do século XX e demonstra que a contemporaneidade se configura como um novo momento histórico com elementos inéditos que interferem de maneira distinta dos demais períodos anteriores nas relações de trabalho e no afastamento entre o debate arquitetônico e a produção do espaço construído. Essa nova conjuntura se estebeleceu nas últimas décadas do século XX, opera em escala global, induz o princípio organizacional do espaço da globalização e condiciona suas consequências sociais e na organização do trabalho.