A experiência religiosa presente no dogma da Imaculada Conceição

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Landgraf, Robert Donizeti
• Orientador(a): Zuben, Newton Aquiles von
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: PUC-Campinas
• Palavras-chave em Português: Imaculada Conceição; História; Experiência; Immaculate Conception; History; Experience
• Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/14856

A presente pesquisa tem como objeto o dogma da Imaculada Conceição proclamado pelo Papa Pio IX com a Ineffabilis Deus de 8 de dezembro de 1854, colocando fim a um longo processo histórico de controvérsias em torno da doutrina da Imaculada. Já nos primeiros séculos do cristianismo, com os Santos Padres, desenvolve-se o paralelismo entre Eva e Maria e alguns escritores chegaram a refletir sobre a ideia de pureza e santidade de Maria, com o propósito de exaltar a santidade de Jesus, mas não chegaram a defender a crença na Imaculada. O que se pode afirmar que nestes primeiros séculos há uma crença implícita na doutrina imaculatista. No século VIII, no oriente, aparece a festa da Concepção da Virgem que depois chega ao ocidente por influência do império Bizantino. A definição dogmática está inserida em um contexto histórico complexo iniciado com o fim da idade Media com a Reforma Protestante e inicio da idade moderna com o advento do iluminismo que culmina na Revolução Francesa. Todos esses acontecimentos abalam o poder de influência da Igreja na vida dos fiéis e do Estado. Neste ínterim reina no pontificado Pio IX que usou de todas as ferramentas para lutar contra as ideias modernistas entre elas a proclamação do dogma da Imaculada Conceição. O pontífice faz uso sensus fidei e da tradição e de textos bíblicos para legitimar a doutrina imaculatista. O dogma apresenta uma perspectiva antropológica bem como aplicabilidade na vida do cristão católico quando este olha para a Imaculada e a assume como modelo.