Vulnerabilidade extrema e potência de vida: o homo sacer contemporâneo em face da bioética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Carvalho, Ricardo Geraldo de
Orientador(a): Barsalini, Glauco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16313
Resumo: A presentificação do fenômeno religioso na realidade da finitude humana, enquanto possibilidade de transformação em condições de absoluta adversidade ou de extremo sofrimento, procurará desvelar profundamente a vida, a temporalidade, as emoções e a fé esperançosa que anima os seres humanos a superar situações extremas que atentam contra a vida. Nesta perspectiva, surge um questionamento: de que maneira uma pessoa em situação de sofrimento consegue humanamente re-significar sua finitude através do fenômeno religioso que permeia a relação entre imanência e transcendência? A resposta a essa questão virá a partir de reflexão teórica própria ao campo da bioética, da teologia como, ainda, da filosofia, em especial, das formulações relativas à absoluta exclusão humana presente na contemporaneidade, provenientes da teoria de Giorgio Agamben acerca do Homo Sacer. Configura-se uma realidade que está além da possibilidade de controle das pessoas, por se tratar de uma conjectura globalizante, segundo a qual um conceito mais abrangente de vulnerabilidade faz-se necessário. Destarte, o fenômeno religioso iluminado pelo “evangelho” da Vida deduz que ao sofrimento pode-se dar sentido, de modo a tornar-se acontecimento de salvação, ao respeitar a vida e orientar o ser humano para o seu desenvolvimento integral. Em realidades de sofrimento, é possível constatar-se que na manifestação da potência de vida, a pessoa desenvolve a pedagogia da resiliência e tangencia de forma adequada a contingência das circunstâncias existenciais; com liberdade interior ativa, reconhece sua humanidade e de outrem.