Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Barbi, Karina Borgonovi Silva |
Orientador(a): |
Messias, João Carlos Caselli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17271
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Resumo: |
A saúde mental no âmbito laboral há tempos é tema de preocupação das principais organizações ligadas à saúde e ao trabalho, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Juntas, em 1986 elaboraram um documento para a divulgação e planos de atuação relativos aos fatores psicossociais (FPS) do trabalho. Estes fatores são considerados como as consequências nos âmbitos do desempenho, satisfação e saúde do trabalhador, resultantes da interação entre este e suas características individuais e o ambiente de trabalho, com seu conteúdo e condições organizacionais. Quando em condições inadequadas, podem representar riscos à saúde mental do trabalhador, denominando-se de Fatores de Risco Psicossociais (FRPS), gerando quadros emocionais que podem iniciar com o desgaste emocional, evoluindo para quadros mais graves, como Burnout, ansiedade e depressão. As consequências negativas destes quadros são inúmeras, causando prejuízo tanto para o trabalhador quanto para a organização. Por outro lado, há fatores que podem ser protetivos para a saúde mental do trabalhador, aumentando o seu bem-estar psíquico. Estes fatores, relativos a aspectos subjetivos individuais e organizacionais, podem minimizar o sofrimento mental e aumentar o afeto positivo com relação ao trabalho. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito benéfico de dois construtos existentes, o Significado do Trabalho (ST) e o Trabalho Decente (TD), para a saúde mental do trabalhador. Foram realizados dois estudos, o primeiro com o intuito de aprofundar a compreensão sobre a percepção do conceito de ST para o trabalhador, com base na análise de estudos sobre este conceito que utilizaram metodologia qualitativa. Por meio de uma revisão da literatura do tipo escopo, observou-se que o ST se apresenta como fator significativamente importante da representatividade do trabalho na vida de trabalhadores conforme a profissão e o contexto de vida. O segundo estudo, de metodologia quantitativa, consistiu na aplicação de instrumentos em uma amostra de trabalhadores para avaliar os efeitos mediadores dos construtos de ST e de TD na saúde mental, frente aos possíveis FRPS existentes. Observou-se que ambos os constructos exercem efeito mediador parcial para o sofrimento mental relativo aos fatores relacionados à violência no local de trabalho, presença de autonomia na função exercida e principalmente a condições que geram satisfação na atuação laboral. Conclui-se, pelos dois estudos realizados, que fatores laborais positivos, seja via a execução de uma função que tenha significado no âmbito individual de vida, assim como do exercício de um trabalho que proporcione condições satisfatórias, são benéficos ao atuar de forma conjunta para fortalecer o bem-estar emocional do trabalhador e minimizar os efeitos danosos dos riscos psicossociais existentes. Recomenda-se que as organizações invistam no conhecimento das características e necessidades individuais do trabalhador, bem como na avaliação contínua dos fatores estruturais organizacionais como um bom caminho para ações preventivas. Sugere-se futuros estudos neste tema com diferentes abordagens para maior aprofundamento e aperfeiçoamento de meios de identificação do sofrimento mental dos trabalhadores, bem como para o direcionamento adequado de medidas de intervenção nas organizações, considerando-se as características socioeconômicas e culturais nas quais estão inseridas. |