Ensinando psicopatologia: a escrita como espaço de autoria e apropriação criativa do objeto psicopatológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Fernandes, Marly Aparecida
Orientador(a): Terzis, Antonios
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15687
Resumo: Com graduandos do Curso de Formação de Psicólogos que cursam a disciplina psicopatologia o objetivo desse estudo foi identificar e discutir as suas representações psíquicas e sócio-culturais do objeto psicopatológico e a vinculação destas com a capacidade de pensar e investigar a apreensão do objeto psicopatológico na construção do conhecimento em psicopatologia. O acesso a essa experiência foi a partir do lugar de docente analisando textos escritos pelos alunos na disciplina psicopatologia no curso de psicologia. Este estudo portanto, caracteriza-se como uma pesquisa documental com pesquisador participante. Os dados foram obtidos através de textos escritos pelos alunos sobre um tema de psicopatologia, baseado em uma experiência direta ou indireta.A partir de um enquadre científico para elaboração de artigo, o aluno desenvolveu o texto num processo de livre escolha do tema, pessoa focalizada, experiência, , abordagem e referências. Foram usados os textos produzidos por um grupo de alunos de três classes diferentes que cursaram a disciplina no ano de 1999, 2000 e 2002. Foram realizadas uma análise descritiva do conjunto de textos e análise de conteúdo de sete textos selecionados aleatoriamente..As análises realizadas seguiram os pressupostos da pesquisa qualitativa , tendo como base conceitual os constructos psicanalíticos. Os resultados apontam que as representações psíquicas e sócio-culturais do aluno diante do objeto psicopatológico influenciam a sua capacidade de pensar desencadeando uma experiência emocional intensa onde a escrita, considerada como um espaço transicional, favoreceu o processo de ensino aprendizagem e revelou que a apreensão do objeto psicopatológico ocorreu em dois níveis: um nível mais superficial caracterizado por uma forma defensiva ou dissociada que privilegiou ou a esfera cognitiva ou a emocional e um nível mais profundo caracterizado por uma forma integrada de construção do conhecimento que aliou a experiência emocional e a esfera cognitiva como forma de aproximação, apreensão e comunicação do objeto psicopatológico. Considerou-se como apropriação criativa esse segundo nível de apreensão.