Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Jesus, Juliana Soares de |
Orientador(a): |
Souza, Vera Lucia Trevisan de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15764
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Resumo: |
A presente pesquisa teve como objetivo analisar a potência de práticas de contação e produção de histórias na criação de espaços para expressão e significação de emoções por adolescentes no contexto escolar. Ancorada nos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural, esta pesquisa-intervenção realizou encontros semanais com duas turmas do 6.º e 7.º anos do Ensino Fundamental II de uma escola pública estadual do interior de São Paulo durante três anos, em que os alunos foram convidados: a ouvir, contar e escrever histórias; a se colocarem no lugar dos personagens e vivenciarem suas emoções e seus pensamentos; a conversarem sobre os dramas e dilemas vivenciados pelos personagens; a modificarem o enredo e, enfim, colocarem em ação a imaginação para projetarem-se em outros tempos e espaços, antecipando emoções e fazendo-as mudar de lugar. As narrativas foram intencionalmente escolhidas pela psicóloga-pesquisadora levando-se em conta dois critérios: o interesse dos adolescentes; e a qualidade literária das histórias. Tendo como fontes de informação os diários de campo e as produções construídas pelos sujeitos participantes, os resultados foram analisados em três eixos de análise, a saber: 1) a dimensão imaginativa e afetiva na construção das relações intersubjetivas, em que observamos movimentos de afastamento e aproximação no processo de compartilhamento de significações e promoção de desenvolvimento para a necessária construção da relação intersubjetiva da psicóloga-pesquisadora para com os estudantes; 2) a história como instrumento psicológico na promoção do desenvolvimento, pela qual analisa-se a história como possibilidade de vivência, expressão e reflexão acerca das emoções sentidas, e, consequentemente, a promoção de novas formas de se relacionar consigo e com a vida; e 3) a imaginação coletiva promovendo a migração da emoção e a potência de agir, em que analisamos a dimensão coletiva nos novos modos de experienciar, reconhecer e ressignificar as emoções do vivido na e pelas narrativas. Conclui-se, dessa forma, que as histórias são instrumentos psicológicos potentes na criação de novas experiências ao favorecerem novos modos de sentir, pensar e agir por meio do conteúdo e de personagens da narrativa. |