Trabalho profissional e trabalho reprodutivo no imaginário coletivo de universitárias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Batoni, Bruna Risquioto
Orientador(a): Vaisberg, Tania Maria Jose Aiello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16069
Resumo: O objetivo do presente estudo é investigar o imaginário coletivo de universitárias sobre a dupla jornada feminina na perspectiva da psicologia psicanalítica concreta. Justifica-se a partir da observação corrente e da experiência clínica que indica que as mulheres vivenciam sofrimentos associados ao fato de viverem numa sociedade que as onera com a necessidade de conciliar atividades profissionais com responsabilidades domésticas. Organiza-se como pesquisa qualitativa com o método psicanalítico, articulada ao redor de uma entrevista psicológica coletiva com 30 estudantes, mediada pelo Procedimento Desenho-Estória com Tema. Os próprios desenhos e histórias, elaborados pelas participantes, bem como uma narrativa transferencial do encontro, constituem o registro do material da pesquisa. As manifestações dos participantes foram consideradas psicanaliticamente, possibilitando a interpretação de um campo de sentido afetivo-emocional, “Meu dinheiro, meu conforto e minha diversão”, que se organiza ao redor da fantasia de que a mulher é bem-sucedida quando é financeiramente independente, vive com conforto e usufrui de lazer de boa qualidade. O quadro geral indica que as participantes imaginam que a mulher bem-sucedida é aquela que alcança independência financeira que lhe permita usufruir de conforto e lazer. Ter um trabalho altamente significativo, do ponto de vista da realização pessoal, casar-se e ter filhos não figuram como aspirações relevantes. Desse modo, parecem escapar da dupla jornada por meio do cultivo de um marcado individualismo e pela perspectiva de uma vida voltada para a satisfação das próprias necessidades.