O desenvolvimento profissional docente e a teoria social cognitiva

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Aguiar, Gustavo Ricciardi Fábregas de
• Orientador(a): Vitorino, Artur José Renda
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
• Palavras-chave em Português: Desenvolvimento profissional docente; Teoria Social Cognitiva; Autorregulação da aprendizagem; Professional teacher development; Social Cognitive Theory; Selfregulation of learning
• Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17602

A presente pesquisa teve como fundamento a Teoria Social Cognitiva. Os estudos pautados nessa teoria indicam que o uso de estratégias cognitivas - como as habilidades de leitura, seleção de trechos, elaboração de resumos e mapas conceituais - e metacognitivas - focadas no planejamento, monitoramento e, finalmente, regulação -, são entendidas como partes de um mesmo processo a serviço da aprendizagem. O levantamento bibliográfico inicial indicou uma lacuna nas pesquisas brasileiras sobre o impacto das estratégias autorregulatórias nas Ciências Humanas. Novas buscas sobre o estado da arte revelaram a necessidade de mais produções voltadas à construção de cursos de formação continuada a partir da Teoria Social Cognitiva. Diante deste cenário, procuramos verificar em que medida as estratégias cognitivas e metacognitivas, ministradas a professores em exercício por meio de um curso de aprimoramento profissional, poderiam contribuir para aperfeiçoar o ensino de história no ensino básico e promover a autonomia dos estudantes. Nossas hipóteses iniciais eram as de que (1) os professores, ao receberem uma formação alicerçada na Teoria Social Cognitiva, seriam capazes de incorporar contribuições desta teoria em suas práticas pessoais e profissionais, e que (2) o uso destas estratégias seria percebido como um elemento capaz de desenvolver a autonomia dos estudantes em seus processos de planejamento prévio, organização de estudos e incorporação dos objetos de conhecimento (conteúdos), habilidades e competências relacionadas ao ensino de História no ensino básico. Trata-se de uma pesquisaintervenção, a qual envolveu indiretamente seiscentos alunos e diretamente sessenta professores de duas escolas privadas de Campinas-SP, responsáveis por ministrar aulas do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Os docentes participaram de 15 encontros de formação sobre o ensino de estratégias de aprendizagem, com um intervalo entre eles de quinze dias. A produção do material empírico envolveu o preenchimento de formulários ao longo do curso de formação, bem como a realização de entrevistas semiestruturadas ao seu final. Os resultados analisados revelam que a incorporação de estratégias cognitivas e metacognitivas de aprendizagem, sob a lógica da infusão curricular, são capazes de transformar de modo significativo o ensino das ciências humanas no ensino fundamental. Para além de um ensino enciclopédico voltado à simples memorização de informações, constatamos caminhos para promover um maior protagonismo aos estudantes, mesmo em séries iniciais. A respeito do curso oferecido, buscamos promover a troca de experiências entre os profissionais, valorizando suas trajetórias e conhecimentos, em busca da promoção de uma atuação profissional que torne o ato de pesquisar e refletir sobre as próprias ações algo inerente à prática pedagógica.