Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Bortolucci, Marina de Souza |
Orientador(a): |
Megid, Maria Auxiliadora Bueno Andrade |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15568
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Resumo: |
A pesquisa surgiu a partir de inquietações resultantes das vivências da professorapesquisadora em sala de aula e dos estudos realizados no GEProMAI – Grupo de Estudos: Professores Matematizando nos Anos Iniciais. As questões norteadoras da pesquisa foram: como crianças de um 1º ano do Ensino Fundamental, ao serem instigadas a ampliar o senso numérico, significam propostas pedagógicas envolvendo números? De que maneira as mediações realizadas pela professora-pesquisadora afetam esse desenvolvimento? De tais questões emanaram o objetivo geral da pesquisa: analisar, em uma turma de 1º ano do Ensino Fundamental, os avanços no desenvolvimento do senso numérico nas crianças, a partir da proposta de práticas relacionadas ao tema e das mediações da professora que atendessem aos diferentes conhecimentos presentes nesse grupo. Como objetivos específicos, destacamos: (i) pesquisar e elencar práticas que contribuam para o desenvolvimento do senso numérico, com ênfase no cálculo mental; (ii) analisar os indícios do avanço na aprendizagem do senso numérico nas crianças de uma turma de 1º ano, observando suas estratégias e caminhos percorridos nesse processo; (iii) analisar as mediações realizadas pela professorapesquisadora, observando quais foram as contribuições e limitações destas. A partir de nosso referencial teórico, entendemos senso numérico como uma forma pessoal e personalizada de lidar com os números e as operações, e seu desenvolvimento é perceptível pela maneira como cada um estabelece relações numéricas e estratégias de cálculo, principalmente o mental. O levantamento bibliográfico realizado na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) revelou uma lacuna nos estudos do senso numérico no Brasil. A pesquisa foi desenvolvida em um 1º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede municipal de Campinas, turma na qual a pesquisadora atuou como docente no ano letivo de 2019. A metodologia da pesquisa adotada foi qualitativa, de natureza interventiva, caracterizada como pesquisa da própria prática. Para as análises a pesquisadora transcreveu as vídeo-gravações de cinco atividades realizadas com toda a classe, nos horários regulares de aulas, analisando duas delas: desafio das bolinhas e forma dez. As transcrições possibilitaram a escrita de narrativas, também importantes recursos para a análise. Destacamos que as duas propostas investigadas se revelaram importantes práticas que podem colaborar para o estabelecimento de relações numéricas, contribuindo para o desenvolvimento do senso numérico. No entanto, vale enfatizar que tais propostas por si só não bastam para trazer avanços para os alunos, mediações de qualidade do professor são fundamentais. A escolha da pesquisa da própria prática, de natureza interventiva, trouxe benefícios: colocou ações pedagógicas da professorapesquisadora em foco de análise, permitindo que pudesse refletir nos seus erros e acertos, e pensar sobre o tipo de mediação necessária para auxiliar no desenvolvimento do senso numérico das crianças dessa turma. Para uma mediação de qualidade, é fundamental que o professor perceba as múltiplas estratégias realizadas pelas crianças e oportunize trocas entre elas. Nos dois jogos analisados, podemos perceber desde estratégias mais simples como a contagem utilizando os dedos das mãos, até relações numéricas mais elaboradas, nas quais o aluno fez ligações entre diferentes somas, por exemplo. Com isso vale destacar que nem todas as mediações precisam partir do professor. Mas ele deve criar um ambiente no qual a turma se sinta à vontade para expor suas ideias, tendo o incentivo do professor para que formulem e explicitem seus pensamentos, contribuindo com todo o grupo. |