“Eles podem mexer nos nossos galhos, nas nossas folhas, mas nas nossas raízes não”: território, violências e as agências Tenetehar-Tembé no Alto Rio Guamá (PA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ribeiro, Benedito Emílio da Silva lattes
Orientador(a): Meira, Márcio Augusto Freitas de lattes
Banca de defesa: Farage, Nádia, Gomes, Flávio dos Santos, López Garcés, Claudia Leonor
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Museu Paraense Emílio Goeldi
Programa de Pós-Graduação: PPGDS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2543
Resumo: A dissertação analisa os variados processos de transformação do território Tenetehar-Tembé e seu entrelaçamento com a história desse povo na região do alto rio Guamá, nordeste do estado do Pará. De forma específica, o trabalho volta-se para o entendimento do território indígena, suas relações socioculturais e as agências Tembé em face dos diálogos e tensões com os trâmites do poder tutelar e as redes dominantes da economia regional, os quais desvelam uma série de violências e r-existências. Logo, a pesquisa tem como ponto de partida um estudo de longa duração para compreender certos aspectos estruturantes que atravessam a realidade amazônica, com foco nos Tenetehar-Tembé. A partir disso, aprofunda-se no século XX, período entre 1945 e 1993, conectando-se com o tempo presente, para esmiuçar entendimentos sobre processos interétnicos e dinâmicas territoriais entre os Tembé, evidenciando assim outras historicidades indígenas. Para tanto, analisa-se criticamente os documentos oficiais (escritos e imagéticos) do SPI e da FUNAI, bem como outras fontes históricas, e as memórias e narrativas orais do povo Tembé. Isso possibilita fomentar discussões sobre complexidades socioculturais, presenças e agências indígenas ao longo do tempo na região amazônica, especialmente no nordeste paraense a partir do caso dos Tenetehar-Tembé do alto rio Guamá.