Avaliação dos usos múltiplos das águas e viabilidade de aproveitamento sa água da chuva na Reserva Extrativista de São João da ponta, bacia hidrográfica do rio Mocajuba-Pa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cuesta, Jhanier Salas lattes
Orientador(a): Lima, Aline Maria Meiguins de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Museu Paraense Emílio Goeldi
Programa de Pós-Graduação: PPGCA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1969
Resumo: O suprimento de água com qualidade, quantidade, continuidade e custo razoável são necessários para garantir os benefícios para a saúde humana, principalmente, quando se consideram comunidades ribeirinhas e rurais. As atividades antrópicas não sustentáveis, como a pecuária e agricultura, além do lançamento de efluentes residuais nos corpos de água podem causar alteração nas características físicas, químicas, biológicas e microbiológicas das água, limitando seus usos. Este trabalho têm como objetivo Avaliar os usos múltiplos das águas e a viabilidade de aproveitamento da água da chuva na área da Reserva Extrativista de São João da Ponta, pertencente a bacia hidrográfica do rio Mocajuba-Pa, considerando as demandas e aspectos locais de suprimento de água para consumo humano. Para isto, foi executada uma metodologia teórico-prática onde se trabalho dados secundários pertencentes ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade e Secretaria Municipal de Saúde, Vigilância e Controle de São João da Ponta. Na formação da base de dados primários foram feitas entrevistas na Prefeitura de São João da Ponta, na Secretaria Municipal de Saúde, Vigilância e Controle e Secretaria Municipal de Meio Ambiente. E aplicados formulários na sede municipal de São João da Ponta e na comunidade de Jacarequara. Os dados foram organizados em uma base de dados quantitativos para caracterização do consumo de água. Com esta informação pode-se evidenciar que em quanto a vulnerabilidade social, 76% da população do município de São João da Ponta ainda se encontra na faixa de vulnerável à pobreza. Ademais se pode perceber que o consumo médio per capita por habitante é 146 l/hab./dia. O consumo de água na agricultura é de aproximadamente 12698,9 m3 /há; na pecuária a soma do efetivo bovino e galináceo (maiores quantidades na região) demanda em média 28 m³/dia por animal. Além da quantidade de água utilizada para estas atividades econômicas, o problema ainda é maior pelo uso por parte dos fazendeiros da água dos rios e igarapés para a manutenção de seus animais e que pelo geral essas mesmas fontes hídricas são utilizadas para o lazer das populações que moram perto dos corpos de água. A outra problemática relatada deve-se principalmente à utilização de veneno proveniente de uma planta tóxica, conhecida por “timbó”; utilizado pelos pescadores, gerando assim a contaminação dos corpos de água e morte da fauna aquática, onde é vertido este produto. Além disto, foram analisados os parâmetros físico-químicos e microbiológicos da água consumida em São João da Ponta por meio de dados cedidos pela Secretaria Municipal de Saúde, Vigilância e Controle, onde pode-se evidenciar que cerca de 83% das amostras apresentam Coliformes Totais; e 36,8% Escherichia Cole. Segundo a informação dos laudos técnicos sede municipal pode-se identificar que das 35 mostras, 94,29% delas concluem como resultado final insatisfatório. Na avaliação do aproveitamento da água da chuva, observou-se o quantitativo das chuvas na região de estudo. Para tanto, foram adotadas as estações de Castanhal, Vigia e Curuçá, monitoradas pela Agencia Nacional de Agua (ANA). De forma complementar foram comparadas das estimativas regionais obtidas a partir de 43 estações pluviométricas da ANA (período 1985-2014) geradas pelo Laboratório de Estudos e Modelagem Hidroambientais, para as medidas de telhado foram tomadas considerando os procedimentos adotados pelo Grupo de Pesquisas Aproveitamento de Água da Chuva na Amazônia da Universidade Federal do Pará através do Núcleo de Meio Ambiente em parceria com o Instituto de Tecnologia. Os métodos sugeridos na NBR 15527 foram adotados para estimativa dos volumes de reservatório: (a) Método de Rippl, (b) Método Prático Brasileiro ou Método Azevedo Neto, (c) Método Prático Alemão, (d) Método Prático Inglês e o (e) Método Prático Australiano. Com toda esse informação se pode observar a região apresenta índices pluviométricos que garantem um bom suprimento de água no período chuvoso e menos chuvoso para o consumo humano e alguns atividades econômicas. Para o tratamento dos dados foi implementado o método multicritério, Multipol, esta ferramenta ajudo na comparação das diferentes ações dos problemas relacionadas ao usos da água, em função de critérios e políticas múltiplos. Evidenciando que as políticas/ações de educação ambiental, manejo agrícola e políticas de gestão ambiental e dos recursos hídricos são necessárias para manutenção de um cenário Azul, onde seria garantida a oferta de água em qualidade adequada, controle do desperdício e de perdas, amplo atendimento da demanda.