Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Quaresma, Solange Barbosa
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Orientador(a): |
Oliveira, Regina
,
Almeida, Ruth
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Banca de defesa: |
Barros, Flávio,
Lima, Pedro Glécio Costa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Museu Paraense Emílio Goeldi
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGDS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2548
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Resumo: |
As ecologias praticadas pelas populações tradicionais da várzea do estuário Amazônico ganham espaço nos estudos etnobiológicos e etnoecológicos, pois o conhecimento acumulado por esses grupos em relação aos recursos naturais favorecem o entendimento das relações entre o ser humano e o ambiente, contribuindo para a conservação e reprodução sociocultural dos territórios tradicionais da Amazônia. Esta pesquisa foi desenvolvida na comunidade ribeirinha Nova Aliança do Rio Cají, localizada no município de Igarapé-Miri, Pará. Ela enfatiza as práticas utilizadas para extração e manejo dos recursos naturais, sob o viés do Conhecimento Ecológico e Local. O estudo analisou a história de ocupação na várzea de Igarapé-Miri e da Comunidade de Nova Aliança, relacionando aspectos do conhecimento tradicional, o uso do território por gerações e as principais práticas extrativistas desenvolvidas pela comunidade em diferentes ambientes. A metodologia adotada envolveu a utilização da etnografia para compreender o processo de formação histórica e social da comunidade de Nova Aliança. Isso implicou em um exercício de observação e escuta atenta dos moradores mais experientes, além da elaboração de um mapa mental. Além disso, aplicamos métodos qualitativos, como conversas informais, questionários semiestruturados e listagem livre. Realizamos também análises com o programa AnthropacFreelists. Essas abordagens nos permitiram identificar as preferências e a importância dos produtos extraídos para os ribeirinhos. A coleta de dados ocorreu entre janeiro e fevereiro de 2023, após a aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram entrevistados 32 moradores, incluindo seis dos mais antigos na comunidade e sete indicados por especialistas. Os resultados evidenciam que há transmissão do conhecimento ecológico local na comunidade. Ainda que os moradores mais antigos tenham deixado de realizar atividades extrativistas, é possível identificar o repasse dos conhecimentos nas práticas dos moradores atuais. Essa transmissão ocorre ao longo das gerações por meio de uma dinâmica de fazer e saber-fazer, na qual os filhos acompanham seus pais nas atividades diárias de extração, coleta e fabricação de utensílios, bem como na preparação de armadilhas para caça e pesca. Esse processo promove a reprodução do conhecimento sobre o uso dos recursos naturais. A análise da listagem livre sobre o valor cultural das espécies, indicada pelos especialistas, mostra o quanto a comunidade de Nova Aliança possui diversidade em seus ecossistemas, fauna, flora e aquática. Isso significa que vivem diariamente em contato com estes recursos. Isso se difere dos 25 entrevistados, que além de apresentar práticas sobre o uso dos recursos, buscam diversificar as atividades voltadas para a garantia de renda dentro da comunidade. |