Extremos de onda causados por ciclones no Oceano Atlântico Sudoeste: distribuição de casos e balanço de calor e vorticidade dos sistemas geradores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rocha, Julio Cesar de Castro
Orientador(a): Prof. Dr. Ricardo de Camargo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo (USP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846483
Resumo: As atividades humanas voltadas para o oceano são afetadas sobremaneira pelos fatores ambientais. À medida que a expansão econômica avança em direção ao mar, busca-se continuamente compreender seus impactos, a m de dirimir incertezas relacionadas ao tempo. Este trabalho tem o propósito de estudar os ciclones extratropicais formados na porção oeste do Oceano Atlântico Sul, mais propensa a formação de ondas extremas, de acordo com as condições atmosféricas de larga escala. Para tal, serão utilizados dados de hindcast do ERA5 e campos atmosféricos, para acompanhar a evolução dos sistemas na região de ciclogênese, com foco nos eventos mais extremos registados nos últimos 42 anos. Os eventos serão selecionados dentro do domínio e agrupados em faixas de latitude, bem como em termos do setor de ocorrência do extremo em relação ao centro do ciclone. Observando os eventos, nota-se que existe um padrão entre a distribuição dos eventos extremos em relação ao ciclone, variando entre as estações do ano, e também pelas faixas de latitude. Nota-se ainda uma dependência dos extremos com a velocidade de deslocamento do ciclone. Com o propósito de investigar os processos de intensi cação dos ciclones até a máxima altura signi cativa das ondas geradas por eles, foram realizados os balanços de calor e vorticidade de todos os ciclones que geraram extremos de onda entre 1979 e 2020, tanto durante o instante da máxima altura signi cativa quanto na fase de intensi cação. Atenção especial foi dada a dois casos com características distintas, um de inverno e um de verão, bem como subdivisões por estações do ano, por quadrantes e também pelo setor de localização do extremo em relação ao centro do ciclone. O balanço nos mostrou o importante papel dentre outros termos, da advecção de temperatura e vorticidade, e aquecimento diabático; e a variação vertical destes, além da distribuição desigual nos quadrantes, para a geração de extremos de ondas nos diferentes setores e estações do ano.