Identificação de derrames de óleo no mar: um estudo de caso
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | , |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/00000f/00000f09.pdf http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/26499 |
Resumo: | O petróleo é uma das mais importantes fontes de energia conhecidas . No Brasil, a maior parte do petróleo é extraída do mar. Em função das características do pet róleo brasileiro, das distâncias entre as principais zonas produtoras e os centros de benef iciamento e consumo e dos processos de refino adotados no país, é rotineiro o tráfego de emba rcações transportando petróleo e/ou seus derivados. Freqüentemente ocorrem incidentes envolvendo o derramamento de óleo, com danos variáveis ao meio ambiente, algumas vez es sem que seja possível a identificação dos responsáveis. Em ambiente marinho tais de rrames podem ser causados por falha humana ou de equipamentos em navios, portos, plataformas e instalações de apoio ou por ações irregulares de lavagem de tanques de embarcações e descarte de óleos usados. A partir de um derrame no mar o óleo passa a sofrer os efei tos da intemperização, conjunto de diversos fenômenos naturais que promovem a degradação do produto, modificando a sua composição e, por fim, retirando-o da superfície ma rinha. Ainda assim, podem-se ter efeitos deletérios que persistirão por um longo período de tempo no ambiente afetado, dependendo – entre outros fatores – da composição original do ól eo. Têm sido desenvolvidas diversas técnicas para a identificação de fontes de der ramamentos de óleo no mar, todas com o objetivo de apontar inequivocamente a fonte de um determi nado incidente de poluição, mesmo nos casos em que o produto tenha sofrido intemperização. O presente trabalho teve como objetivo a realização de um Estudo de Caso em que foram utilizadas técnicas geoquímicas avançadas de determinação da impressão digit al de óleos e interpretação manual e automática de dados, a fim de identificar e caracteri zar a origem de um derrame ocorrido na costa brasileira em setembro de 2005. Concluiu-se, com base na deter minação dos perfis dos óleos por CG-DIC, que o óleo derramado nas águas da Baía de São Marcos, município de São Luís – MA, era constituído de petróleo bruto levemente i ntemperizado. Foram ainda realizadas análises para a determinação da raz ão isotópica do carbono “whole oil”, dos teores de níquel e vanádio e, principalmente, dos perfis de bioma rcadores de petróleo, obtidos por CG-EM, tanto do óleo derramado quanto de nove embarcaçõe s suspeitas. Foi possível distinguir, tanto com base em parâmetros ge oquímicos com elevada capacidade de correlação quanto pela realização do tratamento mult ivariado de um conjunto de razões de diagnóstico desenvolvidas, uma amostra que apresentou elevada similaridade com o óleo derramado, concluindo-se que aquela era a única, dentre as obtida s das diversas embarcações suspeitas amostradas, que poderia ter ocasionado o incide nte em estudo. Correlacionando o óleo encontrado a propriedades geoquímicas aceitas pela literatura para inferir possíveis características da sua rocha-geradora, foi possí vel concluir que o óleo encontrado em São Luís foi gerado a partir de uma rocha-geradora marinha carbonática. O teor de vanádio bastante elevado, que conduziu a um valor para a razão V /Ni não coincidente com nenhum óleo brasileiro conhecido, bem como o elevado teor de terpanos tri cíclicos, eliminaram a possibilidade de o mesmo ter sido originado a parti r de alguma jazida localizada no Brasil, sugerindo que o mesmo pode ter sido importado da Venezuel a, país exportador conhecido por possuir óleos com elevado teor de vanádio. A presença de olean ano, em pequena abundância com relação ao C 30 αβ -hopano, somada a outras características, confirmou que o óleo derramado na Baía de São Marcos era importado. |