Observação da Variação Espectral e Posicional da Frente Brasil–Malvinas por Sensoriamento Remoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Borges, Márcio
Orientador(a): Polito, Paulo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo (USP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844834
Resumo: A Confluência Brasil–Malvinas (CBM) é formada pelo encontro da Corrente do Brasil (CB) com a Corrente das Malvinas (CM) no Atlântico Sul. Está e uma das áreas mais energéticas do oceano global e é demarcada por um intenso gradiente meridional de temperatura. Imagens de satélites e observações in situ mostram a presença de meandros e vórtices, tanto ciclônicos como anticiclônicos, na região da CBM. Com o conhecimento de campos de anomalia da altura da superf ́ıcie do mar (AASM) e campos de temperatura da superf ́ıcie do mar (TSM) para a regi ̃ao da Frente Brasil–Malvinas (FBM) é possível se estimar a variação da energia associada às ondas de Rossby anuais e bianuais existentes em seu entorno e detectar a posic ̧ ̃ao da frente termal existente nesta região. Nesse contexto, foi realizado o estudo do deslocamento meridional da FBM numa escala de tempo interanual, da variação do espectro de on- das de Rossby na CBM e da variabilidade associada ao campo m ́edio de velocidades geostróficas absolutas. A comparação do espectro de ondas de Rossby na CBM para o per ́ıodo de 2001– 2008 apresentou aumento da energia associada aos per ́ıodos anual e bianual em relação aos valores obtidos da an ́alise do per ́ıodo de 1993–2000. Essa alteração do espectro não teve relação com a alteração média da frente termal detectada por em, houve aumento significativo da variabilidade meridional da posição da frente média, possivelmente devido a um aumento do fluxo da CB. Maior variabilidade também foi observada nos mapas de velocidade geostrófica para o mesmo período de 2001–2008. Estes mapas exibiram ainda um possível posici- onamento mais austral da CB, corroborando o aumento da variabilidade oriundo da maior instabilidade gerada por ondas planetárias na região da CBM.