Avaliação da concordância entre as medidas da pressão inspiratória máxima em manovacuômetros analógico e digitais no Serviço de Terapia Intensiva do Hospital Naval Marcílio Dias.

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Cordeiro, Hebe de Faria
• Orientador(a): Barbosa, Adauto Dutra Moraes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense (UFF)
• Palavras-chave em Português: Manovacuômetro; Testes de Função Respiratória; Pressões Respiratórias Máximas; Músculos Respiratórios; Fraqueza Muscular; Manovacuometer; Respiratory Function Tests; Maximal Respiratory Pressures; Respiratory Muscles; Muscle Weakness
• Link de acesso: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845880

Introdução. A avaliação da pressão inspiratória máxima (PImax) é realizada como medida volitiva da força muscular respiratória, em pacientes adultos e pediátricos, por meio de manovacuômetros analógico ou digital. A medida da força muscular respiratória é um parâmetro importante para nortear a conduta do fisioterapeuta, além de monitorar a evolução clínica dos pacientes e os resultados das diferentes intervenções no ambiente hospitalar e ambulatorial. A manovacuometria, um método simples, prático, preciso, de baixo custo e não invasivo de mensurar a força muscular respiratória nas unidades de terapia intensiva (UTIs), é realizada empregando manovacuômetros analógicos ou digitais. Objetivo. Avaliar a concordância dos valores da PImax do manovacuômetro digital MagnaTIE (Magnamed®, São Paulo, SP, Brasil) por meio de medidas comparativas realizadas com o manovacuômetro analógico Murenas (Murenas®, Juiz de Fora, MG, Brasil) e digital MVD300 (Globalmed®, Porto Alegre, RS, Brasil), in vitro e in vivo. Métodos. Estudo transversal e prospectivo, com mensurações in vitro e in vivo. As medidas in vivo foram feitas em pacientes internados no serviço de terapia intensiva (STI), que estavam com tubo orotraqueal (TOT) ou traqueostomia (TQT), em uma amostra de conveniência. Para avaliar a correlação entre as medidas da PImax obtidas por manovacuômetros analógico e digitais foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson (r). Para verificar a concordância dos valores da PImax foi utilizado o coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e o diagrama de Bland-Altman. A dispersão dos dados foi analisada pelo F-test. Resultados. Foram incluídos no estudo 53 pacientes. A média das PImax obtidas com o manovacuômetro analógico foi de 55,0±24,4 cmH2O, com o digital MVD300 foi de 55,2±24,7 cmH2O e com o digital MagnaTIE foi de 55,3±24,7 cmH2O. Obtiveram-se um CCI de 0,9971 (IC 95% 0,9950 a 0,9984) para as medidas realizadas com os manovacuômetros analógico e digital MVD300, 0,9975 (IC 95% 0,9957 a 0,9986) para as medidas realizadas com os manovacuômetros analógico e digital MagnaTIE, 0,9992 (IC 95% 0,9987 a 0,9996) para as medidas realizadas com os manovacuômetros digital MVD300 e digital MagnaTIE. Conclusão. Nossos resultados demonstraram que existe alta correlação e concordância entre as medidas da PImax nos três equipamentos testados: analógico, digital MVD300 e digital MagnaTIE. Dessa forma, nossos achados indicam que assim como os manovacuômetros analógico Murenas e digital MVD300, já utilizados na prática clínica, o manovacuômetro digital MagnaTIE mede a PImax de forma concordante.