Os offsets e a sua contribuição para a inovação tecnológica: um estudo empírico na Base Industrial de Defesa brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carlos, Carlos Lôbo
Orientador(a): Leite, Regina Maria de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Minho
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844533
Resumo: No atual cenário mundial, o Brasil busca um espaço entre os principais atores no campo econômico e político. Contudo, para garantir este lugar e participar das importantes decisões no que se refere às questões de ordem mundial, o país precisa de uma economia forte e de um poderio bélico singular. Uma das maneiras de alcançar estas duas condições é apostar na inovação, como dinamizador da economia e como ferramenta capaz de prover e manter uma aparelhagem bélica satisfatória aos seus objetivos. A Estratégia Nacional de Defesa brasileira prevê a utilização dos acordos de compensação, conhecidos como offsets, para alavancar a inovação e a autossuficiência do setor de defesa e, por consequência da tecnologia dual-use, de outros setores empresariais brasileiros. Tendo em vista a utilização dos offsets, estarão os mesmos contribuindo para a inovação tecnológica na Base Industrial de Defesa (BID) brasileira? O presente estudo, de caráter exploratório-descritivo, dividido em duas partes principais, terá por objetivo verificar se as inovações tecnológicas, geradas no triênio 2009 a 2011, estão relacionadas a participação nos acordos de compensação. A primeira parte do estudo visa o enquadramento teórico e conceitual da problemática, e traçará uma breve revisão da literatura no que tange à inovação tecnológica e aos acordos de compensação. A segunda parte do estudo será formada por uma componente empírica, constituída pela análise quantitativa dos dados colhidos por meio de um inquérito por questionário online, aplicado a algumas empresas da BID, que será posteriormente acompanhada da respetiva análise quantitativa, e de algumas entrevistas com especialistas em offsets, destinadas a complementar a análise e discussão dos resultados. Todas as análises estatísticas foram conduzidas relativamente às inovações de produtos e às inovações de processos em face destas constituírem as inovações tecnológicas. Ao fim, será possível identificar que os offsets mostraram-se bem-sucedidos em fomentar a inovação, no que diz respeito à quantidade de inovações de processos. Quanto à quantidade de inovações de produtos, não houve comprovação estatística da contribuição dos mesmos. A difusão das inovações e a independência para inovar, em produtos e em processos, também foram avaliadas e mostraram tendências positivas quanto à utilização dos offsets, conforme delineado pelo Governo brasileiro para o alcance das suas metas econômicas e políticas.