Aplicação do extrato bruto de colinesterases (che) na construção de biossensores amperométricos para gás de guerra (sarin-gb).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nogueira, Paulo Roberto Rodrigues Brandão
Orientador(a): Neves, Maria Helena Campos Baeta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM)
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845159
Resumo: A guerra química quando comparada as guerras biológicas e nucleares é provavelmente uma das mais brutais. As armas químicas utilizadas, são consideradas armas de destruição em massa, construídas com relativo baixo custo e fáceis de se produzir. Devido a sua aplicação destrutiva, simples produção, alta toxicidade, ação rápida e letal mesmo em baixas concentrações, vêm atraindo um amplo interesse de militares e grupos terroristas. Alguns agentes neurotóxicos, são compostos organofosforados (OP´s) semelhantes a muitos pesticidas comercialmente disponíveis. Os OP´s podem ser considerados armas de destruição em massa, pois são simples e facilmente fabricados, dispersam-se com facilidade na atmosfera, são de difícil detecção e têm potencial para matar centenas de pessoas em um único ataque. Atuam inibindo a colinesterase (ChE), enzima do sistema nervoso que controla impulsos e transmissões dos estímulos nervosos. Estas, podem ser obtidas respectivamente de extratos brutos de vários tecidos, como tecido cerebral e muscular de peixes, mamíferos e aves. O objetivo deste trabalho foi Imobilizar em sílica mesoporosa SBA-15, ChE, de extrato bruto de cérebros de Paralichthys patagonicus (linguado branco), avaliando a atividade enzimática sem a presença do inibidor Paraoxon-etil (análogo ao Sarin) e com a presença do inibidor. Detectar e quantificar o substrato de Iodeto de Acetiltiocolina, utilizando a técnica de voltametria de onda quadrada. Como resultado da revisão bibliográfica, três artigos utilizaram a sílica mesoporosa como matriz de imobilização, porém não foram identificados na literatura pesquisada, biossensores construídos com ChE imobilizadas em Sílica mesoporosa SBA-15, utilizados para detecção do agente nervoso Paraoxon-etil (análogo ao Sarin). A presente pesquisa concluiu que a sílica mesoporosa SBA-15, mostrou ser uma matriz confiável e estável para imobilização por adsorção de ChE, contidas no extrato bruto. Os testes de inibição da enzima IC50, detectaram o Paraoxon-etil em uma concentração de 2,18 x 10-4 mmol.L-1, demonstrando quanto sensível pode ser a detecção do inibidor em meio aquoso. O método voltamétrico desenvolvido e aplicado apresentou-se eficaz para detecção e quantificação na faixa de 1,25 x 10-4 a 1,32 x 10-3 mol.L-1 deste substrato enzimático em solução aquosa, podendo ser utilizado para mensurar a inibição enzimática de ChE, no eletrodo de carbono vítreo. Palavras-chave: Biossesor. Acetilcolinesterases. Armas Químicas. Paraoxon etil (análogo Sarin).