Efeitos de variáveis ambientais sobre a simetria bilateral de larvas de peixes de cultivo marinho: uma abordagem experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Evangelista, Isis Ribeiro
Orientador(a): Santos, Alejandra Filippo Gonzalez Neves dos, Santos, Luciano Neves dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM)
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844476
Resumo: No Brasil, a piscicultura marinha de corte tem pouca participação no setor econômico, mas algumas espécies têm mostrado grande potencial, como a carapeba, Eugerres brasilianus. Porém, a larvicultura ainda é um gargalo devido a raridade de protocolos que auxiliem na sobrevivência e desempenho das larvas, fazendo necessário identificar agentes estressores sobre o fenótipo dos peixes na larvicultura. A Assimetria Flutuante (AF) desponta como ferramenta indicadora do desempenho de peixes, e pode ser utilizada para estes estudos. Objetivou-se no presente estudo observar a ocorrência de AF e a sobrevivência das larvas de E. brasilianus submetidas a diferentes temperaturas (20ºC,25º e 30º) e salinidades (25,30 e 35). Usou-se o diâmetro dos olhos para calcular os níveis de AF em três índices individuais: FA1 = |D-E|; FA2 = |D- E|÷[ (D+E) ÷2]; e FA5 = (D-E)2, como proposto por Palmer (1994), onde: D = lado direito; e E = lado esquerdo. Foram analisadas 95 larvas. Foi aplicada PERMANOVA para verificar diferenças entre os tratamentos e a AF. O teste t-student validou a existência de AF nas larvas de carapeba (p=0,53). A sobrevivência das larvas não diferiu significativamente sob diferentes temperaturas (PERMANOVA; F=0,57; p=0,58) e salinidades (PERMANOVA; F=0,42; p=0,68). Houve diferenças significativas na AF nos experimentos com diferentes temperaturas (PERMANOVA; F=20,85; p=0,0001), mas não foram nas diferentes salinidades (PERMANOVA; F=0,25; p=0,77). A ausência de relação significativa da AF com a sobrevivência possivelmente ocorreu, devido às larvas não terem absorvido seu saco vitelínico, o que justifica a baixa mortalidade registrada. A carapeba é uma espécie eurihalina, e como os tratamentos não chegaram a níveis críticos, a salinidade testada não foi considerada estressora para a espécie, e sim as menores temperaturas (20oC). Neste contexto, a AF no diâmetro dos olhos em temperaturas mais baixas pode reduzir a aptidão dos indivíduos afetando a capacidade visual da espécie e seu desempenho zootécnico, sendo um problema econômico em pisciculturas.